Grupo Chibatão: uma disputa de 3 bilhões de reais

Os grandes escritórios de advocacia de Brasília estão ouriçados com uma disputa judicial familiar que tramita na justiça amazonense

Grupo Chibatão: uma disputa de 3 bilhões de reais

Diamantino Junior

Publicado em: 30/07/2020 às 07:49 | Atualizado em: 30/07/2020 às 08:21

Os herdeiros do empresário José Ferreira de Oliveira – conhecido como Passarão, travam uma batalha pelo império construído em mais de 40 anos.

No meio da disputa está o maior porto alfandegado de Manaus, dezenas de balsas e embarcações, imóveis em condomínios de luxo, um jato avaliado em mais de 100 milhões de reais, carros e uma fortuna incalculável aplicada em bancos brasileiros e americanos.

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Os herdeiros do empresário Passarão estão revoltados com a última alteração promovida no contrato social do Grupo Chibatão, quando a atual mulher do empresário que tinha apenas 1% (um por cento) saltou para 39% (trinta e nove por cento) repentinamente, sem nenhum respaldo judicial para as alterações nos contratos, sinalizando dessa forma um golpe nos herdeiros legítimos.

Advogados contratados em Brasília pelos herdeiros, consideram que a transferência de quase metade do capital social das empresas para a esposa do empresário, invadiu a parte conhecida como legítima, que é a parte do patrimônio que deve ser preservado para divisão entre os filhos.

Um especialista em Direito Empresarial ouvido pelo BNC examinou o processo e garantiu que a alteração contratual não se sustentará perante a justiça, uma vez que envolve violação aos direitos dos herdeiros, devendo ser anulada. “Não tenho a menor dúvida. Se não for anulada em Manaus, vai ser fulminada no Superior Tribunal de Justiça” – garantiu o advogado.

Os grandes escritórios estão de olho nos honorários que caberão aos advogados que saírem vitoriosos no final do processo.

 

Foto: Divulgação