Grupo de trabalho é favorável ao asfaltamento da BR-319
A secretária nacional de Transporte Rodoviário deu o entendimento de como será a proposta para pavimentar o trecho do meio

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 05/03/2024 às 20:05 | Atualizado em: 05/03/2024 às 20:08
Ao levar em conta os encaminhamentos da reunião de encerramento do grupo trabalho da BR-319, realizada na última quinta-feira (29), em Brasília, com representantes dos órgãos federais envolvidos no projeto, conclui-se que o governo do presidente Lula da Silva (PT) será orientado a pavimentar a rodovia.
“Após 90 dias, o grupo de trabalho da BR-319 chegou ao fim. Revisamos estudos anteriores, ouvimos parlamentares, instituições, governos estaduais e sociedade civil. Reunimos os órgãos federais envolvidos no projeto para pactuar uma agenda de entregas capaz de viabilizar o empreendimento”, disse o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, ao avaliar o encontro.
A secretária nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse, deu o entendimento de como será a proposta para pavimentar o trecho do meio da BR-319 (entre os quilômetros 250 e 655,7), o que vai garantir a trafegabilidade em toda a estrada.
“Nós temos condições de utilizar uma tecnologia especifica, construir uma infraestrutura sustentável e que traga proteção ao meio ambiente e ao mesmo tempo faça a integração das pessoas”, disse a engenharia civil na reunião.
São 885 quilômetros de extensão que ligam Manaus a Porto Velho, sendo 193 quilômetros em Rondônia e 692 quilômetros no Amazonas.
“A BR-319 já foi asfaltada uma vez na sua história. É importante a gente ter um tratamento diferenciado com aquela região do meio porque ela tem peculiaridades do ambiente”, disse a secretária nacional de biodiversidade, florestas e direitos animais do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Rita de Cássia Mesquita, pesquisadora licenciada do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
Leia mais
BR-319 é vetor de destruição da Amazônia, aponta artigo
Desmatamento
Outra alerta da pasta ambiente é que um levantamento do Ibama aponta a tendência de desmatamento na região por conta da obra.
Por isso, “não dá para pensar na BR-319 desligada e desconectada dessa tendência”.
O subsecretário de sustentabilidade da secretaria-executiva do Ministério dos Transportes, Cloves Eduardo Benevides, disse que serão levados em conta o “acesso logístico e de mobilidade versus uma preocupação de caminhos para a pauta climática, ambiental e para a preservação da floresta, que é hoje um debate que faz parte da decisão estratégica do governo brasileiro”.
Por fim, Santoro pediu mais sugestões e um caminho para que o Ministério do Transporte se comprometa com um cronograma de prazo para a conclusão da obra.
Foto: divulgação