Obra da ditadura militar que inundou uma área de 2.360 km², extinguiu lagos, igarapés e expulsou vidas silvestres e humanas há 33 anos no rio Uatumã, para gerar energia elétrica que suprir as necessidades de Manaus, por exemplo, a Usina Hidrelétrica de Balbina segue seu desastre.
Agora, o desastre se manifesta em forma de abandono.
Foi o que denunciou esta semana, na ALE-AM, o deputado Sinésio Campos (PT). Ele fez o pronunciamento após a Eletronorte abrir as comportas da represa , provocando alagações e o isolamento das pessoas que moram perto da obra.
A própria Vila de Balbina, no Município de Presidente Figueiredo (AM), está sentindo o abandono.
“Balbina hoje é uma vila sem vida. Lá, tinha supermercado, hospital, ginásio, escola de segundo grau, mas, se você for hoje lá, vai ver que está abandonada”, discursou, apostando os resposáveis.
“A Eletronorte, a Eletrobras, abandonaram aquilo lá”, lamentou Sinésio que esteve recentemente no local.
Debate
Hoje, o parlamentar volta a Balbina, desta vez com o presidente da ALE-AM, deputado Roberto Cidade (União), para discutir a situação dos moradores da região depois que a estatal liberou abriu as comportas, na segunda-feira.
A reunião que irão realizar será na comunidade São José, no Ramal da Morena, o local mais afetado pelas inundações. O evento está marcado para as 10h deste quinta, 14.
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