HUGV entre os de verba cortada por Bolsonaro em plena pandemia
Trata-se de uma medida perversa para os hospitais, às voltas com uma terceira onda de um número elevado de novas infecções diárias por covid

Mariane Veiga
Publicado em: 24/01/2022 às 20:52 | Atualizado em: 25/01/2022 às 13:18
O Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), vinculado à Universidade Federal do Amazonas (Ufam), é uma das unidades federais atingidas pelo corte de orçamento 2022 em forma de vetos do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). O valor suprimido é de R$ 100 milhões.
Trata-se de uma medida perversa para os hospitais, às voltas com uma terceira onda de um número elevado de novas infecções diárias por covid-19. Como decorrência, pressão na rede hospitalar por internações.
Dessa forma, esses importantes locais de apoio aos estados vão para o terceiro ano do governo Bolsonaro e da pandemia de coronavírus enfrentando também a escassez de recursos.
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Segundo os vetos publicados no Diário Oficial hoje, R$ 100 milhões foram cortados da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), que administra os centros médicos ligados às instituições de ensino.
O veto é específico para o “funcionamento e gestão de instituições hospitalares federais”.
O corte aos hospitais representa 20,8% do total aprovado pelo Congresso em dezembro de 2021, que previa R$ 481,9 milhões para a finalidade “funcionamento e gestão de instituições hospitalares federais”.
“É muito grave o corte no orçamento dos HUs em tempos de pandemia, em um momento de piora da vida das pessoas, com aumento da pobreza e da fome, descontinuidade de programas e teto declinante de gastos na saúde e educação”, avalia a vice-presidente da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) e professora e pesquisadora da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), Bernadete Perez.
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