Um grupo de 42 ianomâmis são agora professores de língua indígena no Amazonas. Eles colaram pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
O evento ocorreu, dia 20, no município de São Gabriel da Cachoeira, que se considera o mais indígena do Brasil, composto por 23 etnias.
Nesse sentido, a cerimônia foi feita no próprio território Ianomâmi, aos pés do Pico da Neblina, o ponto mais elevado do Brasil.
Conforme a Ufam, além deles, os baniwa, os tukano e os de língua yêgatu, também concluíram o curso nos meses de julho e agosto.
Dessa forma, eles tiveram suas cerimônias de outorga de grau igualmente em terra indígena.
Para o representante da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro, Dário Cassimiro Baniwa, quem ganha com o acontecimento é o povo indígena.
Três momentos marcantes na história passam por vocês. o primeiro na década de 1970, com a construção da Perimetral Norte; nos anos 1980 e início dos de 1990, o conflito entre contra centenas de garimpeiros em balsas que invadiram o território e mais recentemente, a demarcação das suas terras. Desde os anos de 1970, os Yanomami sofrem com intervenções e ameaças, fosse pelo avanço dos não índios próximo às suas aldeias, mineração, extração ilegal como por doenças e reversão de direitos. É preciso ficar atento sempre. Mas, nem tudo é lamento. Esta é a oportunidade de festejar e também lembrarmos daqueles que muito contribuíram.
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Foto: Divulgação/Ufam