Indígenas do Rio Negro fazem prevenção de câncer de útero e mama 

Ação da ong Expedicionários da Saúde já realizou cerca de 180 procedimentos cirúrgicos em mulheres de São Gabriel da Cachoeira

Da Redação do BNC Amazonas 

Publicado em: 21/10/2022 às 13:51 | Atualizado em: 21/10/2022 às 18:26

Cerca de 180 procedimentos cirúrgicos foram realizados, neste “Outubro Rosa”, em mulheres indígenas do Alto Rio Negro. 

As cirurgias aconteceram em São Gabriel da Cachoeira sob o comando das voluntárias da organização não governamental Expedicionários da Saúde (EDS).

Esses procedimentos tinham o objetivo de prevenir o câncer de colo de útero e de mama nas mulheres indígenas. 

A iniciativa, que acontece desde 2015, conta com apoio da epharma, uma plataforma de programas e planos de benefícios em medicamentos do país. 

Assim, a epharma promove há sete anos atendimento médico especializado às populações indígenas que vivem em regiões isoladas na Amazônia.

 

Apoio Sesai 

Com suporte logístico da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e apoio da sociedade civil, empresas e fundações, o projeto já beneficiou mais de 100 mil pessoas na região. 

“A pandemia dificultou ainda mais o acesso à saúde na região.  

No caso das indígenas do alto Rio Negro, trata-se de mulheres simples, que necessitam de cuidado e acolhimento.

Não sou profissional da saúde, mas sinto que fiz a diferença e isso impactou imensamente a minha vida.

Percebi que sempre vou querer contribuir com elas”, disse Juliana Felismina, uma das voluntárias da epharma. 

Mullheres índigenas do triângulo Tukano participam de encontro sobre violência e participação política. Foto: Ovinho Tuyuka

Retomada das ações 

Após pausa de um ano, a ong retomou o projeto com uma missão especial no alto Rio Negro. 

O programa “Mulheres da Floresta” realizou entre as indígenas da região 19 cirurgias, 180 consultas e 843 exames e procedimentos.  

Além disso, os voluntários de ginecologia e obstetrícia, executaram: 04 cirurgias, 297 consultas e 712 exames.

Da mesma forma, fizeram procedimentos de saúde no Lago do Caracaranã em Roraima. 

Mais de 170 mil procedimentos

Desde 2015, quando a epharma se tornou parte da ação social, os expedicionários da saúde já realizaram: 

  • 35.963 consultas médicas  
  • 83.537 exames e procedimentos  
  • 6.251 óculos foram doados 
  • 4.483 cirurgias 

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Atendimentos na Amazônia 

A ong Expedicionários da Saúde (EDS) organiza, em média, quatro expedições por ano em vários estados da Amazônia Legal Brasileira.  

Assim, até julho de 2022, houve 49 expedições clínicas e cirúrgicas, com um total de 9.429 cirurgias 

Também realizaram 68.437 atendimentos, assim como 116.128 exames e procedimentos.

 

Qualidade de vida

Por outro lado, o maior número de cirurgias ocorre entre as especialidades de oftalmologia e cirurgia geral. 

Além de cirurgias pediátricas, ortopédicas e ginecológicas de média complexidade.  

Da mesma forma, realizaram atendimentos clínicos em diversas especialidades.  

“Levar atendimento médico, principalmente cirúrgico e promover a saúde e qualidade de vida para as populações indígenas, que vivem geograficamente isoladas, é a missão dos Expedicionários da Saúde”, diz o presidente da EDS, Ricardo Affonso Ferreira.

Foto: Divulgação