Justiça Federal arquiva processo contra Nilton Lins Junior

A principal acusação era de suposta irregularidade no aluguel, pelo governo do Amazonas, do Complexo Hospital Nilton Lins, de propriedade do empresário

Sub da PGR se assusta com tiros de empresário contra PF em Manaus

Ferreira Gabriel

Publicado em: 01/12/2021 às 13:37 | Atualizado em: 01/12/2021 às 13:38

A Justiça Federal determinou o arquivamento, por ausência de provas, do processo instaurado para apurar a conduta do empresário Nilton Lins Junior, durante o cumprimento de mandado pela Polícia Federal (PF), na quarta fase da Operação Sangria.

A juíza federal Ana Paula Serizawa, que assina a decisão datada desta quarta-feira (1), determina também a devolução dos valores recolhidos a título de fiança paga pelo empresário, à época.

O inquérito policial foi instaurado para apurar, em tese, a infringência do artigo 15 do Estatuto do Desarmamento.

Por ocasião da ação da PF, o empresário teria efetuado dois disparos de arma de fogo, mas conseguiu provar, em sua defesa, com mensagens de whatsapp trocadas com a portaria do seu condomínio, que imaginava tratar-se de uma invasão a sua residência.

A casa do empresário já havia sido alvo de bandidos, o que também conseguiu provar, e, por isso, ele havia reforçado a segurança.

Na decisão, é destacado que, após a certeza de tratar-se de uma operação da PF, os moradores adotaram postura colaborativa.

Além disso, ele ressalta que os disparos feitos pelo empresário não foram em direção aos policiais, o que indicaria ser não uma postura de impedir a entrada deles, mas sim, de “afastar o perigo imaginário”.

A Operação Sangria ocorreu no dia 2 de junho deste ano, cumprindo mandado de busca, apreensão e prisão temporária do empresário.

A principal acusação era de suposta irregularidade no aluguel, pelo Governo do Amazonas, do Complexo Hospital Nilton Lins, de propriedade do empresário, para ser usado como hospital de campanha para atendimento a pacientes de Covid-19, no segundo pico da doença, em janeiro deste ano.

O governo esclareceu, à época, que não houve contratação do hospital, portanto, não há sequer pagamento envolvido. O que houve foi uma “requisição administrativa”, prevista em lei em casos de emergência.

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Foto: BNC Amazonas