Juventude Indígena da Amazônia pede compromisso do Congresso

Representantes e apoiadores do movimento querem apoio de deputados e senadores à causa indígena na Região Norte

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 05/04/2022 às 22:09 | Atualizado em: 05/04/2022 às 22:09

Movimento da Juventude Indígena da Amazônia reuniu apoiadoras, nesta terça-feira (5), com o objetivo de aproximar as parlamentares das situações vividas pelos povos indígenas da Região Norte. 

Uma roda de conversa reuniu a fundadora do Movimento da Juventude Indígena da Amazônia, Txai Suruí, a deputada federal Vivi Reis (Psol-PA), a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) e a ex-ministra Marina Silva (Rede-AC) no Acampamento Terra Livre, em Brasília.

O ato resultou em duas reuniões agendadas para as próximas quarta (6) e quinta-feira (7), na Câmara dos Deputados e no Senado.

O Movimento da Juventude elaborará, em conjunto, uma carta para levar aos parlamentares e pré-candidatos para que assumam o compromisso com a causa indígena.

A ideia é aproveitar a ida ao Congresso Nacional também para coletar assinaturas. 

“Queremos mostrar o problema que está acontecendo em Rondônia com a construção da hidrelétrica Tabajara. Os povos Araras e Gavião serão afetados por esse projeto, que passa pela bacia hidrográfica deles, e os técnicos estão falando que não. Eles não foram consultados nas avaliações. São danos como enchentes, mudança no curso do rio, cuja influência é direta na quantidade de peixes, que é o alimento deles”, explicou Txai, que fez o convite logo após a plenária com a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas (FPMDDPI).

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Demarcação 

A líder da juventude de Rondônia, Camila Puruborá, manifestou-se em nome dos povos Kujubim Migueleno, Wuajuru e Guarasugwe, que sofrem com a falta de demarcação de seus territórios.

“Vocês acham que a Funai está perto para resolver nosso problema, mas estão distantes, além do problema com a falta de representatividade”, disse.

Camila exigiu, também, a inclusão dos povos Araras e Gavião nos estudos para a construção da hidrelétrica. 

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Foto: Yusseff Abrahim/Agência Cenarium/reprodução 

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