Linhão de Tucuruí Manaus-Boa Vista é autorizado pelo Ibama
A linha de transmissão estava paralisada e esperava a resolução do órgão por atravessar uma reserva indígena

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 29/09/2021 às 10:03 | Atualizado em: 30/09/2021 às 12:16
O linhão de Tucuruí, que vai ligar a transmissão de energia de Manaus (AM) a Boa Vista (RR), obteve a autorização para o início das obras pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Natuarais (Ibama).
A princípio, a linha de transmissão estava paralisada e esperava a resolução do Ibama por atravessar uma reserva indígena. Conforme informações divulgadas pelo Poder360.
Por conseguinte, o linhão de Tucuruí invade as terras indígenas Waimiri Atroari (foto), onde vivem mais de 2.300 pessoas, para ligar Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Nos últimos anos, o povo Kinja foi crítico da instalação da linha de transmissão por suas terras.
Com um total de 720 quilômetro, o linhão imporia 122 quilômetros em meio à terra indígena.
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Reserva
A reserva exigiu que fosse consultada antes do início de qualquer obra em seu território, como estipula a Constituição.
O povo Kinja pediu informações sobre a construção, a possibilidade da linha desviar de suas terras.
Assim como quais seriam os impactos caso a construção precisasse seguir o desenho original.
Nesse período, a Funai sempre defendeu os direitos dos indígenas, ou seja , no sentido de serem consultados e terem acesso a essas informações.
Mas, na atual gestão, segundo o Estadão, o órgão passou a fazer pressão para que o povo indígena autorizasse as obras.
Agora, a obra pode começar imediatamente. O prazo para conclusão é de 36 meses, assim a expectativa é que a operação comece no 1º semestre de 2024.
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Foto: MPF-AM/Ascom