O maior cemitério de Manaus: antes e depois da pandemia
Confira em três imagens como ficou o maior cemitério público da capital amazonense

Gabriel Ferreira da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 27/10/2022 às 13:45 | Atualizado em: 27/10/2022 às 14:45
Até esta quinta-feira (27), 14.354 pessoas morreram por Covid-19 em todo Amazonas. Desse total, divulgado no boletim da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), 9.850 são apenas de Manaus.
O dado reflete a tragédia da pandemia no estado, sobretudo na condução da crise sanitária pelo governo de Jair Bolsonaro.
Como prova de um caos que se instalou no Amazonas, está o maior cemitério público da capital amazonense, o Parque Tarumã, localizado na Avenida do Turismo, Tarumã.
Ali o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB) apoiador do candidato a reeleição Jair Bolsonaro, ordenou que os mortos pela doença fossem enterrados em valas comuns. As imagens rodaram o mundo e revelaram um cenário de guerra perdida.
Tudo isso ocorreu ainda na primeira onda em abril de 2020, com a média de 120 sepultamentos por dia.
Para tanto, foi preciso abrir uma outra área sepulcral e que refez o desenho de forma assustadora do que era o cemitério.
Em janeiro de 2021, ocorreu a segunda onda da pandemia. Nesse período o atraso na compra de vacinas e a crise de oxigênio sufocou e matou mais pessoas.
No mesmo período, de acordo com a denúncia de Andrea, ex-esposa de Eduardo Pazuello, à época ministro da Saúde, estava preocupado em apenas comprar sacos pretos para as vítimas.
Ele veio a Manaus e não trouxe os insumos que faltavam. Pelo contrário trouxe apenas um kit de medicamentos sem comprovação científica de eficácia contra a doença.
E assim a história se fez, a floresta daquele local deu lugar aos mortos.
Confira as imagens feitas no Google Earth pelo geógrafo Adriano Liziero:
Registro do Cemitério antes da pandemia, em 2019

Registro do cemitério na abertura das valas comuns

Registro do cemitério no período da crise de oxigênio

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Foto: Adriano Liziero