Matadores de Bruno e Dom são levados a presídio de Manaus

De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), "Colômbia" e "Pelado da Dinha" estavam no Centro de Triagem do sistema prisional desde o sábado (23)

Suspeito de mortes de Bruno e Dom seriam resgatados da prisão

Diamantino Junior

Publicado em: 26/07/2022 às 12:47 | Atualizado em: 27/07/2022 às 00:00

Ruben Dario da Silva Villar, conhecido como “Colômbia” e Jefferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha”, presos suspeitos de envolvimento na morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Philips, foram encaminhados para o Centro de Detenção Provisória Masculino de Manaus (CDPM 1), nesta segunda-feira (25).

“Colômbia”, investigado por uso de documento falso, foi recambiado para Manaus no dia 9 de julho, junto com Amarildo da Costa de Oliveira, o “Pelado”.

“Pelado da Dinha” chegou em Manaus no último sábado (23), junto com Oseney da Costa de Oliveira, o “Dos Santos”. Os quatro foram presos suspeitos de envolvimento nas mortes de Bruno e Dom.

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De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), “Colômbia” e “Pelado da Dinha” estavam no Centro de Triagem do sistema prisional desde o sábado (23). Nesta segunda, os dois homens foram destinados para celas em alas comuns do CDPM 1.

g1 procurou a Polícia Federal (PF) para saber onde Amarildo e Oseney estão custodiados, mas ainda aguarda retorno.

Investigação

Nesta sexta-feira (22), o MPF entendeu que os três envolvidos na morte devem ser julgados por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

No documento enviado à Justiça, o MPF argumenta que Amarildo e Jefferson confessaram o crime. Diz ainda que a participação de Oseney, apesar de negar envolvimento no crime, foi mencionada em depoimentos de testemunhas.

De acordo com o MPF, já havia registro de desentendimentos entre Bruno e Amarildo por pesca ilegal em território indígena.

O que motivou os assassinatos foi o fato de Bruno ter pedido para Dom fotografar o barco dos acusados, o que é classificado pelo órgão federal como motivo fútil e pode agravar a pena dos réus.

A denúncia do MPF aponta ainda que Bruno foi morto com três tiros, sendo um deles pelas costas, sem qualquer possibilidade de defesa, o que também qualifica o crime. Já Dom foi assassinado apenas por estar com Bruno, de modo a assegurar a impunidade pelo crime anterior.

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Foto: reprodução