MEC corta bolsas de indígenas de universidade federal de Roraima
Os auxílios para os estudantes indígenas foram suspensos quando as aulas deixaram de ser realizadas em regime presencial

Mariane Veiga
Publicado em: 26/08/2020 às 11:29 | Atualizado em: 26/08/2020 às 11:29
Indígenas em situação de vulnerabilidade social perderam o direito a bolsas de estudo no valor de R$ 900 concedidas pelo Ministério da Educação (MEC) para estudarem na Universidade Federal de Roraima (UFRR).
O ensino à distância durante a pandemia do coronavírus levantou o debate sobre as dificuldades de acesso à internet no Brasil.
Se a conexão pode ser um problema pra quem mora nos centros urbanos, pra quem ocupa os interiores, áreas rurais e terras indígenas, as dificuldades de acesso são ainda maiores.
Os auxílios do curso Gestão em Saúde Coletiva Indígena do Instituto Insikiran foram suspensos quando as aulas deixaram de ser realizadas em regime presencial.
Até a fechamento da reportagem, o Ministério da Educação não havia se pronunciado sobre a suspensão do benefício.
Contudo, para garantir o acesso à educação dessa população durante a pandemia, o instituto lançou a campanha “SOS Povos Indígenas”.
Dessa forma, para atender 250 famílias de estudantes indígenas com cesta básica de alimentos, materiais de higiene e produtos de limpeza.
De acordo com o professor Marcos Braga, o “Programa Bolsa Permanência” foi criado em 2013 para garantir a permanência desses estudante na universidade.
Conforme Braga, esse corte no orçamento é um retrocesso na política brasileira de ação afirmativa.
O Insikiran surgiu de uma demanda do próprio movimento indígena e oferece cursos de formação superior para indígenas em nível de graduação.
Leia mais a reportagem de Martha Raquel, publicada no site Unisinos.
Foto: Mário Vilela/Funai