Menezes diz que expulsão do PL foi por ação política de Alberto Neto

Segundo Menezes com Alberto Neto a frente do partido na capital amazonense, "já tinha um plano e conjuntura formada" para as eleições de 2024

Gabriel Ferreira da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 25/08/2023 às 09:56 | Atualizado em: 25/08/2023 às 09:58

Expulso do PL-AM, o coronel Alfredo Menezes Junior disse que sua expulsão do partido foi além de ter chamado o deputado federal Alberto Neto (PL) de “Judas”.

De acordo com ele, tratou-se de motivação foi política visando as eleições de 2024 à prefeitura de Manaus, tendo em vista, que o parlamentar é presidente do partido em Manaus.

A revelação feita pelo compadre do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que é pré-candidato a prefeito de Manaus, ocorreu em entrevista ao Manhã de Notícias, da Rede Tiradentes, nesta sexta-feira (25).

Conforme Menezes, como prova disso, a comissão julgadora sobre seu processo ético disciplinar foi formada por Alberto Neto.

“Isso já demonstra o jogo político do quê que tá acontecendo nos bastidores pra 2024. As pessoas que tomaram esse decisão na [executiva] municipal, todas elas nomeadas pelo Alberto Neto, porque ele não colocou ninguém de outros parlamentares, uma comissão dele não tem a dimensão e a grandeza política pra fazer essa avaliação”, declarou.

A partir disso, Menezes questionou se as pessoas que o expulsaram do partido são de direita.

“O que mais me deixa preocupado, honestamente, é o seguinte, que quando me tiram do partido, um partido de direita, o PL. Será que essas pessoas que estão tomando essa decisão são realmente de direita?”

Mesmo derrotado na eleição de 2022 para o Senado, Menezes também disse ter tem capital político para disputa da próxima eleição municipal.

“Eu tenho em Manaus, eu tive 544 mil votos. Como é que fica essas pessoas que votaram e acreditaram não só na gente, como também no seguimento da direita, também no partido e o presidente também. Então o voto não é só do Menezes, é toda uma conjuntura”, disse.

Perguntado sobre possível envolvimento do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, Menezes disse que não acredita que ele esteja envolvido e destacou: “Tudo vai chegar a ele. E com relação a isso, não tenho dúvida, será tomada por ele, juntamente com o presidente de honra do partido [Jair Bolsonaro]”.

“Coisa boa não viria”

Menezes também revelou em entrevista que o presidente do PL-Manaus seria outra pessoa indicada pelo presidente estadual Alfredo Nascimento.

“A presidência da municipal, ele tinha prometido a uma outra pessoa, o Alberto foi lá de uma maneira muito delicada e pediu pra ele. Quando ele fez isso, tomou essa ação e atitude, nós começamos a buscar até alternativas, ou seja, porque a gente sabia que coisa boa não viria dali, fruto do que poderia está acontecendo para 24”, disse.

Segundo Menezes com Alberto Neto a frente da sigla na capital amazonense, “já tinha um plano e conjuntura formada” para as eleições de 2024 com a liderança do parlamentar.

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