Amazonas: dezenas de botos morrem em lago de Coari, vizinho de Tefé

Pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) encontraram 23 carcaças de botos-vermelhos e tucuxis em lagos de Coari, no Amazonas, em um cenário similar ao ocorrido em Tefé, onde mais de 150 animais morreram desde setembro.

A maioria das carcaças foi descoberta em estado avançado de decomposição, sugerindo que os animais haviam morrido dias atrás.

O boletim divulgado pelos institutos de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além da Ufam, informou sobre a coleta de amostras dos animais mortos para análise, atribuindo a hipótese principal à alta temperatura da água.

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Equipes seguem monitorando as águas e os animais, inclusive com a instalação de sensores de temperatura. Um flutuante de reabilitação foi preparado para tratar animais debilitados.

Ainda não há um diagnóstico conclusivo sobre a causa das mortes, mas a pesquisa continua para entender o ocorrido.

Mortandade de botos

A mortandade de botos, consequência da severa estiagem e da extrema vazante que atingem os rios do Amazonas, comoveram veículos tradicionais com cobertura nacional.

O jornal O Globo, do Rio de Janeiro, e Folha de S.Paulo e Estado de S.Paulo dedicaram amplo espaço em suas capas impressas ao tema.

O Estadão deu uma foto de meia página, assinada pelo fotógrafo Miguel Monteiro, do Instituto Mamirauá.

Na legenda, o impresso informa que durante toda vazante 110 botos foram encontrados mortos. 

O jornal diz que as causas ainda são desconhecidas, mas que há suspeitas de que a elevação das temperaturas dos rios pode ter relação com as perdas.

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Foto: Adriano Gambarini/O Eco