MPF denuncia esquema de grilagem para cultivo de soja no Amapá

A organização criminosa teria adquirido ilegalmente terras que pertenciam à União

Ferreira Gabriel

Publicado em: 08/04/2021 às 09:51 | Atualizado em: 09/04/2021 às 17:31

O Ministério Público Federal denunciou o ex-secretário de desenvolvimento rural do Amapá, Daniel Sebben, de liderar um esquema de grilagem de terras da União para cultivar soja. A denúncia é fruto da 2ª fase da Operação Shoyu. Esta, portanto, foi deflagrada pela Polícia Federal em maio de 2020.

A denúncia, protocolada na última semana, atinge também outras 9 pessoas. Entre eles, há integrantes da família de Sebben, empresários envolvidos com o agronegócio e funcionários públicos vinculados ao Incra (Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária).

Durante a 1ª fase da Operação, em 2019, o Governo do Amapá acatou recomendação do MPF para exonerar Daniel Sebben do cargo público, sob o risco de o empresário, então ex-presidente da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja), influenciar em atos de gestão que pudessem lhe beneficiar diretamente.

Na 2ª fase, Daniel Sebben, a irmã dele, a mulher e o sogro, foram investigados por suspeita de participarem ativamente da regularização fraudulenta de 842 hectares desmembrados em três fazendas – Beira Rio, Esperança e Tainá.

Eles são acusados dos crimes de organização criminosa, invasão de terras públicas da União, falsidade ideológica de documentos particulares e lavagem de imóveis, corrupção ativa e passiva. Os danos são estimados em R$ 150 milhões.

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Foto: Pixabay/ Reprodução