Em entrevista ao programa CNN 360 na tarde desta sexta-feira (31), o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto(PSDB), fez várias críticas ao presidente da república Jair Bolsonaro (Sem partido). O chefe do executivo municipal esteve internado durante 31 dias em São Paulo devido infecção pelo coronavírus.
Durante sua fala, Arthur disse que “está vexatória a situação Brasil”, na pandemia do novo coronavírus, sendo o “segundo em mortes”, no mundo.
Além disso, o prefeito comparou a gestão de Bolsonaro no combate ao covid-19 com a do ex-presidente do Brasil, Delfim Moreira. Este, portanto, foi chefe de estado de forma interina na época da Gripe Espanhola no em terras brasileiras. O mandato de Moreira foi de 1919 a 1920.
“Ele me lembra o presidente Delfim Moreira[…] Ele me lembra um pouco o presidente, alheio a tudo, enquanto outras pessoas tentam fazer o dia a dia de uma gestão. As dificuldades econômicas são muito grandes”.
Conforme afirmação de Arthur, “ele conseguiu desarmar o MEC, e desarmar em plena pandemia a secretaria de saúde. Então tem que sair desse esquema dele e entrar numa precaução rápida, dura, boa. Porque a doença é cruel, é imprevisível”.
Situação de Manaus
Arthur Neto aponta uma “fase de tranquilidade” relacionada a pandemia. Mas ele, afirmou não saber o quanto pode durar. “Agora se a gente fala em Amazonas, eu acredito muito em subnotificação, e a se gente fala em Amazonas, eu creio muito em pessoas no interior do interior que a gente chama aqui de beiradão tem gente que pode estar enterrando seus mortos dentro de casa , no seu quintal”.
Cauteloso em relação ao cenário pandêmico na capital amazonense, o prefeito disse que “Manaus está bem, apesar de que nenhuma observação de cautela está sendo feita”.
De acordo com ele, “não diria que o Amazonas estivesse bem. O Amazonas é indefeso, porque simplesmente o SUS não é nada aqui no estado do Amazonas”.
Crítico a estrutura do SUS no estado, Arthur destacou a falta de “armas para enfretamento da doença no interior”. Sobretudo nesse período de pandemia da covid-19.
Boicote econômico
Arthur Neto disse estar preocupado com relação a situação dos povos indígenas afetados pelo vírus. Além disso, fez observação sobre boicote aos produtos “made in Brazil”. Para ele pode dar problemas econômicos.
O prefeito ironizou o vice-presidente Hamilton Mourão sobre as reuniões com investidores do Fundo Amazônia Este, portanto, visa meios de desenvolvimento sustentável e preservação da Amazônia.
“Eu vejo já o Mourão, que ele fala com os investidores: Não agora vamos parar. A linguagem dele é bonita, enfim”.
Arthur disse que é o presidente que tem que mudar, “ele estava brincando hoje lá em Teresina. Ele não cuida do que é essencial”.
Em comparativo a União, Arthur Neto destacou: “Manaus graças a forma exigente com que a gente trata a questão fiscal, a questão previdenciária, tudo isso. Manaus está passando ao largo dessa crise”.
Agradecimentos
Arthur fez agradecimentos as doações recebidas da ativista sueca Greta Thunberg e do presidente da França Emmanuel Macron. A princípio, os valores enviados ao prefeito de Manaus será destinado ao combate a pandemia nas populações tradicionais e indígenas.
Foto: Reprodução/TV
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