PF não desbloqueia peça-chave em denúncia de compra de votos
Israel Conte
Publicado em: 25/07/2019 às 17:13 | Atualizado em: 25/07/2019 às 17:15
Peritos da Polícia Federal não conseguiram desbloquear o celular do ex-prefeito de Nhamundá, Mário Paulin (MDB). O aparelho é peça-chave no processo de compra de votos movido contra o governador Wilson Lima (PSC) pelo então candidato à reeleição Amazonino Mendes (PDT), nas eleições 2018.
“Verificou-se que o aparelho estava bloqueado por senha, não permitindo o acesso a suas informações. […] Foram utilizadas diversas técnicas periciais, não se conseguindo êxito”, diz trecho do laudo. O celular foi enviado à PF há mais de seis meses pela Justiça Federal.
A conclusão da perícia já está nas mãos do relator do processo no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), Abraham Peixoto.
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O processo
A ação com pedido de cassação de Wilson foi movida nove dias antes do segundo turno pelos advogados do então candidato à reeleição Amazonino Mendes (PDT) e está embasada em material comprobatório de que Paulain, atuou para captação ilegal de votos, no primeiro turno das eleições.
Paulain foi preso pela Polícia Civil, em flagrante, no dia 7 de outubro, dia do primeiro turno da eleição, em Nhamundá, dentro de um quarto da Pousada Tucunaré. No flagrante, foram apreendidos dinheiro; material de campanha do candidato Wilson Lima e da candidata ao Senado Vanessa Grazziotin (PCdoB), como panfletos, adesivos e camisas; aparelho de telefone celular, título de eleitor e recibos.
Na época, a coligação do então candidato Wilson Lima, repudiou com “veemência mais uma armação dos adversários, desta vez na tentativa de associar a sua campanha com criminosos, como o traficante preso em Codajás.” Leia mais aqui.
Foto: Divulgação