O deputado estadual Álvaro Campelo (Progressistas), participou na tarde desta segunda-feira (13), da entrega de quatro lanchas (do total de 21), destinadas a entidades de pescadores, que terão a finalidade de auxiliar nas atividades do setor no interior do Amazonas.
A solenidadefoi realizada na sede da Federação dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura do Estado do Amazonas (Fetape).
A aquisição das lanchas é fruto de emenda parlamentar do deputado, no valor de R$ 1 milhão, sendo os primeiros municípios contemplados: Itacoatiara, Iranduba , Manacapuru e Tefé.
O presidente da Associação de Agricultura e Pesca de Manacapuru, Raimundo Sodré, ressaltou a importância desta iniciativa. “Essa lancha vai beneficiar nossa entidade, principalmente, no atendimento dos nossos associados da zona rural. Isso é uma coisa de muito orgulho para nós, ter um deputado com essa qualidade e compromisso. Então, isso vai ficar na história da pesca de Manacapuru e da nossa associação”, afirmou.
Piracatinga Desse modo, nesta segunda-feira (13), uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) discutiu alternativas e métodos sustentáveis para o exercício e controle da atividade pesqueira da piracatinga no estado, de autoria de Campelo.
De acordo com a Portaria SAP/Mapa nº 271, de 1º de julho de 2021, a pesca da piracatinga segue proibida desde janeiro de 2015.
No entanto, a restrição se dá em razão do método adotado por pescadores para realizar a captura do peixe, utilizando como isca a carne dos botos-cor-de-rosa e tucuxi (ameaçados de extinção) e jacarés.
Com um grande mercado consumidor em países sul-americanos, em especial na Colômbia, e com boa aceitação na região Sudeste do Brasil (onde é comercializada como “douradinha”), a proibição da pesca da piracatinga tem impactado entre 10 a 15 mil pescadores amazonenses, como explicou o chefe da Divisão de Pesca e Aquicultura no Amazonas, Vinícius Lopes.
“A pesca sustentável da piracatinga já é uma realidade no nosso estado há muitas décadas, mas infelizmente, em algum momento, grupos específicos de pescadores passaram a utilizar diversos animais silvestres, como iscas para captura desse peixe. A gente precisa entender que existem dezenas de outros grupos que nunca aderiram a essa prática, mas que foram muito prejudicados com uma perda significativa da sua renda familiar. Hoje, estamos buscando discutir um meio de fazer com que se consiga combater a pesca ilegal da piracatinga e permitir o restabelecimento dessa atividade para aqueles pescadores que praticam a pesca de forma sustentável”, afirmou.
Soluções Entre os encaminhamentos anunciados por Campelo, está a realização de audiências públicas nas calhas de todos municípios para tratar do tema, a reativação das atividades do comitê que debate o assunto, bem como a destinação de emendas parlamentares para a continuidade das pesquisas.
Além de organizações da pesca artesanal, entre colônias, sindicatos e associações, participaram da audiência, entidades da pesca.
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Foto: Divulgação
