A Petrobrás informou, neste fim de semana, que deu início ao processo de venda de seus direitos de mineração para pesquisa e lavra de sais de potássio localizados na Bacia do Amazonas.
Nesta primeira etapa será realizada a divulgação da oportunidade a interessados na extração do minério, conforme publicação da Gazeta do Povo , na quinta-feira (11).
Segundo a empresa, as principais etapas subsequentes do projeto serão informadas oportunamente ao mercado.
Em comunicado, a petroleira informou que o ativo oferecido é composto por 34 títulos minerários de sais de potássio localizados na Bacia do Amazonas e outorgados pela Agência Nacional de Mineração (ANM).
Títulos
De 34 títulos, oito são concessões de lavra, quatro são requerimentos de lavra e 22 estão em processo de autorização de pesquisa (na foto, Aldinelson Pavão, tuxaua de Urucurituba, mostra um poço de potássio na região ).
Os direitos minerários abrangem a região do Amazonas nos alinhamentos Fazendinha-Arari-RUT1 e Maués-Boa Vista dos Ramos, compreendendo as cidades de Nova Olinda, Autazes , Itacoatiara, Silves, Itapiranga, Maués e Boa Vista do Ramos.
A empresa divulgou um teaser com as principais informações sobre o ativo, bem como os critérios de elegibilidade para a seleção de potenciais participantes do processo.
De acordo com o documento, o potencial de produção do cloreto de potássio proveniente dos depósitos de Fazendinha e Arari é equivalente à aproximadamente 6% da produção global atual e mais de um terço do consumo anual de potássio do Brasil.
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O potássio é usado na produção de fertilizantes e o Brasil não é autossuficiente nessa área. Boa parte da demanda brasileira é abastecida por Rússia e Bielorrússia. “O conflito entre Rússia e Ucrânia reforçou a preocupação com a vulnerabilidade da dependência brasileira de importação de fertilizantes e demonstra as oportunidades associadas à produção local”, diz a Petrobrás no documento.
Ainda segundo a petroleira brasileira, a operação está alinhada à estratégia de otimização do portfólio e à melhora de alocação do capital da companhia, visando à maximização de valor e maior retorno à sociedade.
Foto: Thaís Borges/Mongabay/reprodução