Policiais militares em Manaus revelaram à Rede Amazônica que estão realizando cotas para a manutenção de alguns quartéis na cidade, gerando preocupações sobre a infraestrutura das instalações. O Ministério Público do Amazonas (MPAM) iniciou uma investigação para apurar as irregularidades na falta de reparos nos prédios.
Segundo o MPAM, pelo menos 11 dos 30 prédios das Companhias Interativas Comunitárias (Cicoms) enfrentam graves problemas estruturais, alguns impedindo o uso pelos agentes.
Muitos policiais afirmam estar tirando dinheiro do próprio salário para garantir que as unidades continuem operacionais.
Um policial militar destacou que, além de contribuir financeiramente, os próprios agentes realizam diversas atividades de manutenção, incluindo a renovação de equipamentos como ar-condicionado.
O relato inclui a falta de limpeza das caixas d’água, alegando contaminação por pombos em uma das unidades.
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Em um dos prédios, parte de um muro lateral desabou, o esgoto corre a céu aberto no estacionamento, e o relatório do MP alerta para o risco de desabamento. Outras unidades também apresentam problemas, como caixas d’água perfuradas, ferrugem, acumulação de sujeira e rachaduras nas estruturas.
O Governo do Amazonas respondeu à Rede Amazônica, informando que a reforma das unidades está em estudo e que está à disposição do MP para prestar esclarecimentos.
A Associação dos Praças e Bombeiros Militares do Amazonas expressou a esperança de que as irregularidades sejam resolvidas e pediu maior sensibilidade da administração pública na definição dos investimentos em segurança.
A situação destaca a precariedade nas condições de trabalho dos policiais militares em Manaus, levantando preocupações não apenas sobre a segurança dos agentes, mas também sobre a qualidade dos serviços prestados à comunidade.
A investigação em andamento espera trazer à tona as falhas na infraestrutura e pressionar por soluções efetivas.
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Foto: divulgação MP-AM