Os senadores aprovaram, por 72 votos a 2, a indicação do deputado Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR) para assumir uma cadeira como ministro do TCU (Tribunal de Contas da União).
Ele assume a vaga gerada pela aposentadoria da ministra Ana Arraes. A decisão segue para promulgação.
O nome de Jhonatan de Jesus foi apoiado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e fez parte do acordo costurado pela recondução dele à Presidência da Casa.
Jhonatan de Jesus também contou com o apoio do PT, que faz um aceno ao Republicanos, atualmente mais próximo do grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Na semana passada, o plenário da Câmara havia o indicado, por 239 votos. Agora foi a vez do Senado aprovar o seu nome.
Jhonatan terá mandato vitalício, com salário de R$ 37 mil e aposentadoria compulsória aos 75 anos de idade.
Em seu discurso antes da votação, na Câmara, Jhonatan afirmou que o papel do TCU “não é de punir” e disse que, se vencesse, votaria sempre baseado na lei. Ele afirmou também que não usará o cargo para a “criminalização da política”.
Ninguém sob a minha orientação será condenado baseado em interesses de grupos ou pessoas que queiram transformar o TCU numa arena de perseguição política de seus adversários.”
No enranto, há descontentamento com o nome de Jesus. Isso se deve ao fato de que somente daqui mais de 35 anos a Câmara poderá fazer outra indicação ao cargo.
Também houve desconforto em relação ao nome de Jesus porque ele e seu pai, Mecias de Jesus, são apontados como responsáveis por indicações de diretores do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y), que já foi alvo de investigação da Polícia Federal por fraude em compra de remédios, o que deixou crianças indígenas sem medicação.
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Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados