O Ministério da Agricultura realiza uma ação emergencial para conter foco de monilíase, uma praga causada por fungo, confirmada em plantação comercial de cacau de 850 plantas em Urucurituba, distante 208 quilômetros de Manaus.
“A detecção de um foco localizado a mais de mil quilômetros da região onde está sendo monitorada causou preocupação da praga chegar na região produtora de cacau no Brasil”, disse a diretora do departamento de sanidade vegetal e Insumos agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária do ministério, Edilene Cambraia.
Os técnicos do ministério realizam no local ações de supressão para conter o fungo. São atividades como redução de copa, remoção de frutos e aplicação de ureia.
De acordo com a pasta, a ação contou ainda com equipes de auditores fiscais da Secretaria de Fazenda do Amazonas (Sefaz), operadores de campo cedidos pela Prefeitura de Urucurituba, fiscais estaduais da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado (Adaf) e técnicos e motoristas de barco do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam).
Os levantamentos de delimitação contaram também com barcos e fiscais estaduais da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará).
No local também foram realizados levantamentos para a delimitação do alcance da praga em nove municípios próximos à divisa entre os estados do Amazonas e Pará.
Todos os protocolos para aplicação das medidas fitossanitárias no pomar comercial foram elaborados pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).
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Foco
Essa é a primeira vez no país que uma área de produção comercial tem foco da praga confirmado.
O primeiro foco da praga foi identificado em julho de 2021, em uma área urbana de Cruzeiro do Sul (AC). Em 2022, um novo registro ocorreu em comunidades rurais ribeirinhas de Tabatinga (AM).
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Monilíase
A monilíase é causada pelo fungo Moniliophthora roreri, extremamente persistente que produz esporos que permanecem viáveis por meses.
Por este motivo, a área do foco permanecerá sob monitoramento, com a inspeção local de equipes coordenadas pelo ministério durante os próximos seis meses a fim de garantir a supressão da praga e eliminação de frutos contaminados por esporos oriundos da safra anterior.
O ministério realiza levantamentos de detecção regularmente nos estados de fronteira e nos estados produtores de cacau e cupuaçu, além das ações de monitoramento dos focos já detectados.
*Com informações do ministério.
Foto: divulgação