Começou a valer nesta quarta, dia 7, a redução de 0,74% no preço do litro da gasolina para as refinarias de todo o país. O valor definido pela Petrobrás a partir de hoje é de R$ 1,71 o litro. Para o consumidor de Manaus, o preço segue R$ 4,99.
Esse é o menor custo dos últimos meses. Somadas todas as reduções do valor do litro da Petrobrás para as refinarias no mês de outubro, o preço caiu 15%. Só no último dia do mês o preço foi reduzido em 6,2%.
Só que o consumidor de combustíveis de Manaus e dos demais municípios do Amazonas não se beneficia dessas reduções.
Nesta quarta, a maioria dos postos visitados pelo BNC Amazonas na capital continuava exibindo a tabela, quase que padronizada, com o alto preço de R$ 4,99 o litro da gasolina.
Manaus é sede de uma das refinarias da Petrobrás em todo o país, e processa o petróleo que é extraído da bacia de Urucu, no município de Coari, a 363 quilômetros da capital.
Postos da zona norte de Manaus na manhã desta quarta:
Gás de cozinha, a R$ 25 às refinarias, a R$ 85 ao consumidor
Com o recente aumento de 8,5% anunciado pela Petrobrás para a botija de 13 quilos, o consumidor amazonense pode pagar até R$ 85 pela unidade no interior do estado. No mínimo, uns R$ 78 na capital.
A incompreensão para esse preço abusivo no Amazonas é maior quando a Petrobrás divulga que repassa uma botija de 13 quilos às refinarias por cerca de R$ 25.
Some-se a isso o fato de o estado do Amazonas ser detentor da província de petróleo e gás natural de Urucu, produzindo diariamente 1,2 mil toneladas de gás de cozinha, ou o mesmo que 115 mil botijas de 13 quilos, de acordo com informações publicadas recentemente pelo jornal A Crítica .
Essa produção é suficiente para abastecer toda a região Norte e parte do Nordeste.
Além disso, o Amazonas tem um gasoduto de 663 quilômetros que põe o gás extraído em Urucu diretamente na Refinaria de Manaus (Reman). Isso desde 2009, quando os canos que rasgaram florestas começaram a despejar o produto tirado do solo amazonense.
A capacidade de transporte do gasoduto é de 5,5 milhões de metros cúbicos diários.
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Fotos: BNC Amazonas