O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), criticou nesta sexta (17), Dia Nacional de Proteção às Florestas, a política ambiental do governo Bolsonaro para a Amazônia. Ele inclui o tratamento dado às etnias indígenas e povos tradicionais.
Arthur, que segue internado se recuperando do coronavírus (covid-19) em São Paulo, fez sua manifestação pelo Twitter. Ao destacar a importância da floresta para o planeta, o prefeito indicou pontos que o Ministério do Meio Ambiente parece ignorar.
“O governo federal precisa entender que a má governança sobre a Amazônia marginaliza o Brasil e nos cria problemas econômicos graves. Precisamos reconquistar respeito e credibilidade”.
Dessa maneira, fez forte crítica em relação à posse ilegal de terras devolutas na Amazônia. Bem como garimpos e o desmatamento desenfreado visando agronegócio.
Conforme o prefeito, o Conselho da Amazônia, liderado pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, deve agir e mudar a opinião de Bolsonaro. “Para salvar a região e a imagem do país frente às grandes nações”.
“Proteger etnias indígenas, expulsar grileiros, proibir garimpo, não permitir agronegócio, significa seguir nossas vocações. É ter bom senso e responsabilidade. A Ministra da Agricultura disse que o agronegócio não precisa da Amazônia. Concordo 100%. O Brasil precisa muito do agronegócio. Já a Amazônia precisa ter a sua biodiversidade explorada”, afirmou.
Para o prefeito, se o governo de Bolsonaro não der efetiva proteção à floresta e aos povos indígenas, produtos brasileiros serão boicotados, sobretudo na Europa.
Em conclusão, Arthur disse que o país precisa mudar o direcionamento das ações ligadas à Amazônia. Como resultado, ganharia prestigio internacional e, principalmente, fortaleceria a economia.
“A tentativa de opor economia à ecologia é cega. Economia só progride se acompanhada de práticas ambientais corretas. A Amazônia bem governada seria o principal embaixador do Brasil. Maltratada, será nosso calcanhar de Aquiles”.
Foto: Mário Oliveira/Semcom
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