PreservaĂ§Ă£o e desenvolvimento da AmazĂ´nia sĂ£o ‘broncas’ para Bolsonaro

Mais do que um plano, a AmazĂ´nia precisa de ações assertivas, rĂ¡pidas e contundentes para derrubar o desmatamento

Franceses sĂ£o primeiros a aderir a plano de Bolsonaro de adoĂ§Ă£o da AmazĂ´nia

Publicado em: 09/12/2020 Ă s 17:12 | Atualizado em: 09/12/2020 Ă s 22:28

Artigo produzido por especialistas na Ă¡rea ambiental traz um cenĂ¡rio da situaĂ§Ă£o da AmazĂ´nia em um ambiente de pressĂ£o internacional pela preservaĂ§Ă£o do bioma.

O artigo aponta que o desenvolvimento sustentĂ¡vel da AmazĂ´nia Ă© um desafio para todos os governos do Brasil.

Afirma que progressos importantes foram feitos, como a queda brusca das taxas de desmatamento e aponta a parceria entre UniĂ£o e estados como decisiva para tal.

 

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As iniciativas nacionais e internacionais para solucionar o avanço do desmatamento tambĂ©m sĂ£o apontados nesse contexto.

Mas a medida principal foi a criaĂ§Ă£o do Conselho Nacional da AmazĂ´nia Legal, liderado pelo vice-presidente Hamilton MourĂ£o.

Mesmo sem estrutura adequada o Conselho trabalha firmemente para conter desmatamento e queimadas e a criaĂ§Ă£o de um plano para a AmazĂ´nia Ă© exaltado.

A sociedade civil nĂ£o deve ser vista como um empecilho ao desenvolvimento sustentĂ¡vel da AmazĂ´nia, e sim como um aliado, jĂ¡ que essas organizações produzem dados e conhecimento de forma aberta e transparente e atendem localidades nas quais o Estado nĂ£o consegue chegar.

É importante que o plano nĂ£o se perca pelo foco exacerbado em propostas como a do marco regulatĂ³rio, que apenas fomentam discussões polĂªmicas e fragilizam o prĂ³prio papel do Conselho, alĂ©m de afastar a sociedade do debate.

Nada disso ajuda a encontrar caminhos para combater o desmatamento e a ilegalidade na AmazĂ´nia.

A AmazĂ´nia precisa de aĂ§Ă£o.

Precisa abrir sua economia, receber investimentos, ter o cumprimento da lei assegurado em seu territĂ³rio e afastar a insegurança jurĂ­dica.

A esses elementos bĂ¡sicos, deve ainda ser adicionada a busca por uma economia mais justa, inclusiva e sustentĂ¡vel, que respeite os direitos das populações tradicionais, dos povos da AmazĂ´nia e dos que investem em projetos sustentĂ¡veis e juridicamente corretos na regiĂ£o.

O espĂ­rito dessa visĂ£o jĂ¡ estĂ¡ no plano. Falta ainda promover um debate pĂºblico, aberto aos diferentes setores da sociedade, para que ele possa refletir os ideais de todos e ter a viabilidade necessĂ¡ria.

Como o Conselho nĂ£o possui voz de comando sobre os ministĂ©rios e demais instĂ¢ncias do governo, o plano servirĂ¡ como conjunto de recomendações aos ministĂ©rios, governadores e parlamentares. A execuĂ§Ă£o desde plano, portanto, estarĂ¡ nas mĂ£os destes atores.

Mais do que um plano, a AmazĂ´nia precisa de ações assertivas, rĂ¡pidas e contundentes para derrubar o desmatamento.

 

Leia o artigo no Poder 360

 

Foto: Imazon