O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM), Roberto Cidade (PV), enviou indicação à Prefeitura de Manaus para revisão do plano diretor e ambiental do município.
O intuito é preparar a cidade para uma possível subida das águas nos próximos anos. Como exemplo, a cheia histórica do rio Negro em 2021.
A enchente alcançou a marca de 30 metros e afetou o comércio na área central de Manaus, além de 20 bairros da capital.
De acordo com o parlamentar, nos anos de 2009, 2012, 2013, 2014, 2015, 2019 e 2021, as cheias chegaram acima de 29 metros de altura.
Atualmente, o plano diretor de Manaus prevê que terrenos nas margens dos rios e igarapés tenham somente 30 metros como referência.
De acordo com Cidade, esse número não tem conseguido suportar mais a média de subida dos rios que cercam Manaus.
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Subida dos rios
Cidade disse que desta forma, a discussão é para que se eleve a referência para 33 ou 35 metros. Isso é necessário e urgente, segundo ele.
Segundo ele o clima na região tem afetado diretamente o fenômeno da subida dos rios.
Ainda segundo o deputado, a cheias dos rios nos últimos anos tem afetado a economia do estado.
Por exemplo, com a perda da produção rural no interior e o fechamento de lojas na capital, o que torna o debate ainda mais necessário.
Portanto, o presidente da ALE-AM conclui que o poder público precisa agir para mitigar os efeitos do período de cheia.
“Visto que a cada ano os impactos e, sobretudo os prejuízos causados por cheias e vazantes recordes são muitos e afetam a vida dos amazonenses”, afirmou.
Foto: Evandro Seixas/ALE-AM