O Sistema Prisional do Amazonas está em alerta máximo desde a última sexta-feira, (23).
O setor de inteligência da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) interceptou um plano da facção criminosa Comando Vermelho (CV) para tentar desestabilizar o sistema.
De acordo com a Seap, os criminosos planejaram uma manifestação para iniciar o plano. Em seguida, na segunda fase têm a intenção de promover mortes dentro das unidades prisionais.
Conforme a Seap, a manifestação iria acontecer, na manhã desta segunda-feira, (26), em frente ao Complexo Penitenciário, no quilômetro 8 da BR-174. Por isso, contaria com a participação de pessoas pagas.
O manifesto foi realizado, mas em frente ao Fórum Ministro Enock Reis, no Aleixo, na zona Sul de Manaus. Ali, centenas de pessoas, em sua maioria mulheres, se reuniram para reivindicar uma série de exigências. Entre elas, pediam instalação de TV para cada preso, melhoria na alimentação e retorno de visitas, entrada de alimentos, entre outras.
“Nós defendemos o direito à livre manifestação, mas não iremos retroceder em relação aos procedimentos operacionais que implementamos nos últimos dois anos e meio, para manter o sistema sob controle. Infelizmente, há pessoas que querem o retorno do modelo antigo, desorganizado. Este Governo não negocia com o crime organizado”, observou o secretário da Seap, coronel Vinícius Almeida.
De acordo com a Seap, entre as reivindicações estariam a volta das visitas aos finais de semana e a entrada de alimentos externos.
Vinícius Almeida ressaltou que o sistema penitenciário garante cinco refeições diárias aos detentos, em cumprimento à Resolução nº 3, de 5 de outubro de 2017, do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP).
“Estamos cumprindo a Lei de Execução Penal e trabalhando sério para dar um tratamento mais humanizado dentro do sistema”, completou.
Reforço na segurança
Desde a última sexta-feira, todas as unidades prisionais localizadas no ramal do KM 08 da BR-174 e no Puraquequara começaram a receber reforço na segurança externa.
As ações fazem parte da operação Cerberus, que conta com a participação do Grupo de Intervenção Penitenciária (GIP) e dos policiais militares do Comando de Policiamento Especializado (CPE) por meio do Batalhão de Choque, Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam) e Cavalaria.
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Foto: Secom