O reequilíbrio das contas públicas na economia brasileira só ressurgirá por volta de 2027. A estimativa é da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia. Trata-se, portanto, do superávit primário. A tradução disso é, em resumo, o resultado positivo nas contas do governo sem os juros da dívida.
As despesas com o enfrentamento da pandemia do coronavírus, por exemplo, adiaram as projeções para o reequilíbrio das contas.
O relatório elevou, de 12,5% para 12,7% do Produto Interno Bruto (PIB), a previsão de déficit primário para o setor público em 2020. O PIB é a soma dos bens e serviços produzidos no país.
Em valores, a projeção de resultado negativo subiu de R$ 895,9 bilhões para R$ 905,4 bilhões.
A conta inclui, contudo, tanto o déficit da União, quanto de estados, municípios e empresas estatais.
A projeção anterior havia sido apresentada no fim de setembro. O principal responsável pelo aumento no déficit são os gastos extras com a pandemia de covid.
O relatório elevou de R$ 607,2 bilhões para R$ 615 bilhões a previsão de impacto no resultado primário das medidas de combate à doença e de sustentação da economia.
Um dos responsáveis também pelo aumento na projeção de gastos foi a prorrogação da alíquota zero do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O imposto incidiu sobre operações de crédito até 31 de dezembro e novos créditos extraordinários no orçamento de 2020.
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Foto: ABr