Em solenidade nesta quarta-feira (4), na sede do Ministério dos Portos e Aeroportos, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a empresa DTA Engenharia, vencedora da licitação, assinaram contrato para a dragagem do rio Amazonas no trecho de 200 quilômetros entre Manaus e Itacoatiara.
Apesar do período superior a cinco meses desde o início da licitação e o avanço da seca dos rios, a pasta dos Portos e Aeroportos diz que os trabalhos vão começar a “tempo de mitigar os efeitos da estiagem sobre a navegabilidade e o escoamento de insumos”.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou que o objetivo é recuperar permanentemente a capacidade de navegação dos rios.
“Estamos empenhados em garantir a navegabilidade dos rios durante todo o ano, pois eles são essenciais para o transporte de pessoas, bens de primeira necessidade e o escoamento de mercadorias”, disse o ministro durante a assinatura do contrato.
O ministro anunciou que o investimento total será de R$ 92,8 milhões para a realização do serviço.
O recurso faz parte dos R$ 500 milhões a serem investidos nos próximos cinco anos, como forma de permitir a navegabilidade segura durante todo o ano no trajeto desde a fronteira com Peru e Colômbia até Itacoatiara, um percurso fluvial de mais de 1500 quilômetros de distância.
O secretário Nacional de Hidrovias e Navegação, Dino Antunes, afirmou que os trabalhos serão iniciados nos próximos dias e deverão minimizar os impactos na região Norte.
“Hoje nós demos continuidade ao processo iniciado há alguns meses. Por meio dessa assinatura, estamos garantindo a contratação do serviço de dragagem para os próximos cinco anos. Isso vai garantir que não haja sobressaltos nos próximos anos. Nos próximos dias vamos emitir a ordem de serviço, o que vai viabilizar o início dos trabalhos” , explica.
Ações
O ministério lembrou que, em junho deste ano, assinou editais de contratação para serviço de dragagem em quatro trechos dos rios Amazonas e Solimões.
Além do trecho Manaus-Itacoatiara, serão contemplados, Coari-Codajás, Benjamin Constant-Tabatinga, e Benjamin Constant-São Paulo de Olivença.
Apesar da extensão abrangida pelos contratos, a dragagem é feita apenas em pontos específicos, chamados de passos críticos. Esses trechos foram definidos após uma inspeção técnica do Dnit, realizada em abril.
*Com informações do Ministério dos Portos e Aeroportos.
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Foto: Eduardo Oliveira/ministério