Oficialmente, Amazonas pediu a dragagem dos rios Amazonas, Madeira e Solimões, em março; em setembro, media ainda é apenas um sinal
Não há como levar a sério as promessas que o governo federal fez este ano de socorrer o Amazonas das consequências da segunda maior vazante consecutiva dos rios nessa parte da Amazônia.
Nem precisava, porque o país hoje tem um ministério para cuidar de mudanças climáticas. Este é o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil.
Mas, ainda assim, em março, a União foi alertada pelo Governo do Amazonas de que mais um fenômeno climático atípico batia à porta do estado.
Portanto, há sete meses, o estado, com a experiência do ano anterior, já advertia: Manaus, cidade mais populosa da Amazônia, pode ficar isolada.
O governador Wilson Lima avisou também da situação as empresas que operam a logística da Zona Franca de Manaus.
Mas veja o que a semana em curso revela. E pode-se chegar à conclusão a partir dos fatos.
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Setor privado
Os empresários do transporte correram. Num curto espaço de tempo construíram os maiores portos provisórios do mundo. Eles já estão prontos para o pior. Estão prontos para não deixar a cidade mais populosa da Amazonia, nem seu polo industrial.
Setor público
Por sua vez, o governo federal, hoje, nesta quarta-feira (4), dá mostra de como encara a mesma situação.
À União, o Amazonas pediu que dragasse os rios Amazonas, Madeira e Solimões.
No entanto, mais de meio ano depois nada fez. Aliás, hoje, o jornal Folha de S. Paulo dá uma mostra de o governo encarou o iminente flagelo. Dando sinal.
É que hoje o jornal diz que nesta quarta-feira o governo dará sinal de dragagem dos rios da Amazônia.
Bem, mas já atualizamos esta informação. O sinal não sairá mais, porque o ministro dos Portos, Silvio Costa, viajou e adiou o anúncio.
O ministro também convocou os Estados integrantes da Amazônia Legal e do Pantanal – Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul – para uma audiência no dia 19 de setembro para entender como os Estados estão cumprindo a sua parte no combate à prevenção dos incêndios.
Foto: reprodução