A safra de arroz e de soja do Amazonas, do período 2020/2021, será maior do que a da colheita 2019/2020. E os produtores rurais já comemoram o momento positivo do setor.
Os dados são do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas ( Idam )
A gerente do Idam em Humaitá é Gisely Melo. Ela explica que a perspectiva de colheita do arroz, por exemplo, é de 90 a 100 sacos por hectare. Cada saco é de 50 quilos, portanto.
No total, há 2.005 hectares plantados no município. Esse plantio resulta, por conseguinte, em uma colheita de pouco mais de 9 mil toneladas de arroz.
Humaitá também possui 2.600 hectares de área plantada de soja e a expectativa é colher 55 sacos (de 50 quilos) por hectare. Assim sendo, representará mais de 7 mil toneladas.
Em 2019, no entanto, a área plantada de arroz foi de 1.475 hectares e a de soja de 1.800 hectares.
O sul do Amazonas tem se destacado na produção de grãos, em especial, a região do município de Humaitá.
Na avaliação do diretor-presidente do Idam , Valdenor Cardoso, Humaitá tem vocação para a produção de grãos. De acordo com ele, o governo, por meio do Idam , tem trabalhado diariamente para expandir a produção de grãos na região.
“A ordem do governador Wilson Lima é de avançarmos no auxílio e assistência técnica junto aos produtores rurais de Humaitá, bem como de todo o Amazonas e temos feito isso e os resultados falam por si só”, completou.
Foto: Secom/divulgação
Produtor
Entre os cinco produtores de arroz assistidos pelo Idam , em Humaitá, está Dorismar Luís. No ano passado, ele adquiriu o documento de licenciamento ambiental. Trata-se do Cartão do Produtor Primário (CPP).
Já neste ano, conseguiu acesso aos programas do Governo do Estado, Pró-Mecanização e Pró-Calcário. Conseguiu por meio da Secretaria de Estado de Produção Rural ( Sepror ) e projetos da unidade local do Idam Humaitá.
“Com o cartão, o senhor Dorismar consegue comprar sementes e acessar outros benefícios que, a partir do documento, o produtor rural pode acessar e com a aprovação nos programas. Ele ganhou uma motivação a mais para seguir na produção de arroz”, detalhou a gerente Gisely.
Com o crédito liberado por meio da Agência de Fomento do Estado do Amazonas ( Afeam ), Dorismar conseguiu plantar 65 hectares de arroz. A expectativa agora é colher em torno 85 sacas por hectare.
O plantio iniciou no último dia 8 de outubro, na fazenda Boa Esperança, localizada na BR-319, sentido Porto Velho, km 40.
“Esse plantio já está com 40 dias e, após a colheita, o arroz deve ser comercializado em Humaitá, Manaus e Porto Velho. Além do senhor Dorismar , temos uma média de 10 produtores que estão cultivando grãos, entre arroz e soja”, ressaltou ainda a gerente.
Entre as variedades de arroz produzidas, no plantio do Dorismar , estão as espécies ANO9005 e 8001.
De acordo com o produtor, os programas do Governo do Estado para o setor primário são de extrema importância para os produtores rurais.
“Nós sempre cuidamos de lavoura e queremos plantar, colher e vender nosso produto com qualidade. E os incentivos são como benefícios para melhorar os plantios dos produtores familiares que vivem da agricultura”, comentou.
Programas
O Programa de Pró-Mecanização é uma linha de crédito subvencionada pelo Governo do Estado. A linha de crédito é acessada por meio da Sepror , mediante o termo de convênio n° 04/2015 ( Sepror / Afeam e Idam ), com vigência até 2020.
O Pró-Calcário, por exemplo, é um programa voltado para a correção do solo. Por meio dele, o calcário é lançado no solo para que se tenha mais produtividade, corrigindo a acidez.
O Governo do Estado trabalha, contudo, para que o setor primário tenha mais máquinas e equipamentos. Dessa forma, aumenta a produtividade juntamente com a correção do solo à base de calcário.
Foto: Antônio Costa/Fotos Públicas