Secretária de Saúde de Manaus contesta chefe da força-tarefa de Pazuello

Mayra Pinheiro disse na CPI da covid que encontrou um quadro negativo nas UBS de Manaus no final de 2020 e início de 2021

25/05/2021 23:57

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A secretária municipal de Saúde (Semsa), Shádia Fraxe, rebateu afirmações de Mayra Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde. Ela, que ficou conhecida como “Capitã Cloroquina”, disse hoje (25) na CPI da covid que encontrou um quadro negativo nas UBS de Manaus no final de 2020 e início de 2021.

Mayra, portanto, fez críticas diretas à condução da Semsa no enfrentamento do coronavírus no sistema de saúde da capital.

Segundo afirmou, “encontrou nas unidades básicas de saúde de Manaus desassistência e caos e que havia unidades que estavam fechadas, enquanto a população morria, algumas sem medicamentos”.

“Quanto ao caos, essa é uma visão equivocada da doutora Mayra. Nossas unidades nunca interromperam o atendimento. Infelizmente, ninguém no Brasil estava preparado para uma demanda quadruplicada como ocorreu nos picos da pandemia”, disse Shádia.

Ampliação de UBS

Sobre unidades fechadas, ela afirmou que o prefeito David Almeida (Avante) ampliou para 22 as unidades para atender casos de covid.

“Além disso, embora as demais unidades não fossem preferenciais para covid-19, também acolhiam e orientavam as pessoas que buscassem atendimento”, afirmou.

Conforme Shádia, houve dificuldade para compra de medicamentos durante picos da covid, mas nunca faltou. “Mas, a prefeitura sempre conseguiu assegurar que não houvesse desabastecimento de remédios nas UBS”.

Dessa forma, a secretária relatou que houve reuniões com técnicos do Ministério da Saúde.

“Esse suporte se deu muito mais pelo cenário da nova onda, no mês de janeiro, na segunda onda da pandemia, quando nossa principal deficiência era de pessoal. Em janeiro, a atual gestão encontrou a secretaria com mais de 2.400 servidores afastados por licença médica”.

Quanto à denúncia de UBS fechadas, Shádia disse que Mayra se referiu às chamadas “casinhas de saúde”. Elas estão sendo desativadas pela Semsa.

“De fato, mais de 40 estão desativadas, e as equipes transferidas para unidades maiores, para melhorar a qualidade do atendimento”.