Sesai apresenta ao MPF plano de operação da saúde indígena
A Sesai se comprometeu a encaminhar ao MPF, ao final da operação, um relatório indicando as medidas adotadas em atendimento
Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 14/12/2020 às 16:43 | Atualizado em: 15/12/2020 às 00:07
A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) apresentou ao Ministério Público Federal (MF) o plano de atendimento no rio Solimões. A Sesai participa da operação Alto Rio Solimões, desde a semana passada, com a finalidade de combater o coronavírus (covid-19).
Os integrantes da operação levam atendimento médico especializado às áreas de abrangência do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei). A região fica no sudoeste do Amazonas.
A reunião, com efeito, foi conduzida pela procuradora da República Aline Morais, na Procuradoria da República no Município de Tabatinga.
No encontro de trabalho esteve presente o assessor de gabinete da Sesai, Carlos Colares. Também se fez presente o coordenador do Dsei da região, Weydson Gossel Pereira, responsáveis pela operação.
Entre as medidas de segurança informadas para a realização da operação está a realização de testes PCR para diagnóstico de covid-19.
Para tanto, é necessária a apresentação do resultado negativo para embarque na ação, além da ausência de sinais e sintomas da doença.
Atendimento em saúde
Conforme apresentado pela Sesai, a operação Alto Rio Solimões inclui a realização de atendimentos médicos à demanda reprimida.
Os indígenas serão atendidos nas especialidades de pediatria, ginecologia, infectologia e psiquiatria.
Os atendimentos serão promovidos em seis locais estratégicos, em áreas habitadas por povos indígenas tikuna, kokama e kaixana.
A procuradora da República Aline Morais explica que a operação é também uma resposta da Sesai à atuação do MPF.
A atuação se dá por meio de inquéritos civis e procedimentos administrativos, que apuram atendimento adequado na região. Por exemplo, as condições estruturais e a qualidade dos serviços executados pelo Dsei Alto Rio Solimões.
O MPF apura, também, os índices de mortalidade infantil nas comunidades indígenas da região. Nesse sentido, apura a demora ou mesmo ausência de resultados de exames laboratoriais. O percalços prejudicam, enormemente, a saúde dos pacientes indígena.
A Sesai se comprometeu a encaminhar ao MPF, ao final da operação, um relatório indicando as medidas adotadas em atendimento.
Foto: divulgação/MPF-AM