Boa Vista e Manaus possuem maior número de clientes da Starlink

Starlink enfrenta bloqueio financeiro do STF devido a desobediência judicial envolvendo Elon Musk.

Iram Alfaia , do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 02/09/2024 às 18:54 | Atualizado em: 03/09/2024 às 11:36

Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) revelam que o maior número de clientes da Starlink, empresa de serviço de acesso à internet do bilionário Elon Musk, está na região Norte do país.

A capital de Roraima, Boa Vista, é líder com 2.973 clientes, seguida de Manaus, com 2.782, Rio de Janeiro, 2.375 e Tefé, município do Amazonas, com 2.186.

Tabatinga (1.186), Manicoré (1.172), São Gabriel da Cachoeira (1.151) e Coari (950), também cidades amazonenses, estão na lista das 30 localidades na Amazônia com mais assinantes da empresa.

No Brasil, a Starlink é a maior operadora do mercado brasileiro em fornecimento de internet via satélite.

A operadora atende em todo o país 224,5 mil clientes com conexão via satélite.

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Dinheiro bloqueado

Por unanimidade, a primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) referendou nesta segunda-feira (2) a determinação do ministro Alexandre de Moraes de efetuar o bloqueio dos recursos financeiros da Starlink.

A obstrução das contas visa assegurar o pagamento das multas imposto por Moraes pela recusa do bilionário em indicar um representante legal da rede social X [antigo Twitter] no Brasil. Musk é dono de ambas as empresas.

Por unanimidade, os cinco ministros da turma mantiveram a decisão de Moraes de suspender as operações do X em todo o território nacional.

Em nota, a empresa considera a decisão do ministro ilegal. Mesmo assim, avisa aos clientes que manterá os serviços ativos.

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Processo

A Satrlink também se recusou a bloquear o sinal do X, ou seja, ameaça descumprir uma decisão do STF.

Em entrevista à GloboNews, o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, disse que, caso a empresa continue nessa posição, poderá sofrer um processo administrativo.

“As sanções possíveis são aquelas previstas na lei geral de telecomunicações. Uma gradação, começando na advertência, sanção de multa e, depois, a cassação da outorga. Perdendo a outorga, [a Starlink] perde a autorização para prestar os serviços de telecomunicações no Brasil”, afirmou Baigorri.

Foto: divulgação