No Brasil, são 896,9 mil indígenas, sendo 36% em áreas urbanas. O Amazonas é o estado com a maior população indígena no país, sendo que na capital são 168.680 indígenas, segundo Censo do IBGE de 2010.
De acordo com organizações indígenas da região, o número atualmente já passa de 200 mil.
A taxa de letalidade de indígenas em Manaus (7,3) é maior do que a taxa geral na capital (5,3), segundo a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) atualizada em 22 de março.
A taxa de letalidade é a proporção entre pessoas contaminadas e o número de mortes.
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A taxa da capital é a segunda maior do estado, só ficando atrás do município de Maués, que tem taxa de letalidade de 8,1, o que mostra como a pandemia afetou de forma diferente a população indígena.
Segundo dados da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), o Amazonas é o estado com mais registros e óbitos de indígenas por covid-19 dos nove estados da Amazônia Legal.
Foram confirmados 9.029 casos da doença e 304 óbitos, atingindo 38 povos do estado.
Os dados contabilizados até 22 de março revelam que o Amazonas concentra mais de ⅓ das mortes de indígenas da Amazônia Legal e inclui os indígenas que vivem em terras demarcadas e os que vivem nas cidades.
Por isso, os dados divergem das informações da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e do Governo Federal, que só contabilizam os casos entre indígenas aldeados.
Para Marcivana Sateré Mawé, da Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e do Entorno (Copime), a letalidade de indígenas na capital do Amazonas só não foi maior porque já existia, antes da pandemia, um processo de organização dos indígenas urbanos.
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Foto: Divulgação/ Ministério da Saúde