A Universidade de Brasília (UnB) concluiu estudos que indicam que a primeira dose da vacina CoronaVac teve 50% de efetividade contra a variante P1 do novo coronavírus entre os profissionais de saúde de Manaus.
“O estudo aponta que a vacina tem efetividade para evitar hospitalização e óbitos, mesmo na presença de uma variante classificada como de preocupação internacional pela Organização Mundial da Saúde”, disse Wildo Navegantes, professor de epidemiologia da Faculdade UnB Ceilândia (FCE) e pesquisador do grupo Vebra Covid-19.
Os pesquisadores avaliaram os efeitos da vacina após 14 dias da aplicação em mais de 67 mil profissionais da área de saúde de Manaus.
Segundo o pesquisador, o estudo levou em conta informações da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus e da Fundação de Vigilância em Saúde do Estado do Amazonas.
A pesquisa foi realizada por um grupo interinstitucional, que conta com colaboração de cientistas da UnB. O principal objetivo é avaliar a efetividade de prevenção de vacina contra essa nova variante brasileira.
“É de suma importância fazermos uma avaliação da efetividade da vacina considerando também este contexto. Por esse motivo, iniciamos o estudo no Amazonas, primeiro local onde foi identificada a variante P.1”, explicou o pesquisador.
Wildo Navegantes aponta que a expectativa do Vebra Covid-19 é ampliar o estudo sobre efetividade vacinal para outras cidades brasileiras, com o intuito de observar o impacto da imunização em massa.
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Segundo nota da Secretaria de Comunicação da UnB, o estudo vai avaliar no mesmo contexto a proteção dos profissionais de saúde em Manaus contra a segunda dose.
Além disso, a expectativa é também avaliar a efetividade das vacinas desenvolvidas pela Sinovac Biotech e pela Oxford/AstraZeneca em idosos de Manaus e de outras cidades brasileiras.
“O grupo tem interesse em estudar a efetividade das vacinas [contra covid-19] em uso no Brasil em outras cidades que tenham interesse. Já estamos trabalhando com dados de São Paulo e Campo Grande”, afirmou o pesquisador.
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