Os versos do “Estatuto do Homem”, do poeta e escritor amazonense Thiago de Mello, casam com os dias atuais.
Essa análise na ótica do jornalista Alexandre Garcia está na edição de hoje (20) do jornal Estado de Minas.
Na publicação, o colunista atualiza os versos do poeta de Barreirinha, Amazonas, que morreu na sexta-feira (14), aos 95 anos.
Segundo Alexandre Garcia, o poema “Estatuto do Homem”, escrito em 1964, é atualíssimo, nestes tempos estranhos.
O jornalista cita como exemplo:
“Fica decretado que agora vale a verdade”, é seu primeiro verso.
Para Garcia, vivemos tempos em que se decreta qual é a verdade e qual é a mentira, retirando a consciência julgadora de cada um o direito de avaliar o que é o quê.
“Fica decretado que os homens estão livres do julgo da mentira”, proclama o poeta no art. V.
Mas a mentira, conforme o jornalista, é um julgo que escraviza quem prefere não pensar, apenas aceita qualquer mentira porque é mais fácil se deixar conduzir.
Em outro ponto de seu artigo, o colunista do Estado de Minas, comenta sobre o artigo XIII, onde Thiago de Mello registra “o grande baú do medo”.
Essa é a maior arma que abre as defesas do indivíduo. O medo enfraquece, paralisa. Ameaça-se com um grande mal que paira sobre todos, já covas abertas e caixões prontos para receber o seu cadáver. Mas se você obedecer, para o seu bem, poderá ser salvo, desde que entregue a sua liberdade, se una à multidão dos que transferiram seu destino a grandes condutores de massa.
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Foto: Reprodução/Tv Brasil