Wilson Nogueira é patrono de feira de livro em Parintins
O jornalista e escritor parintinense também ministrará uma oficina de criação literária no evento

Ferreira Gabriel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 29/07/2024 às 17:40 | Atualizado em: 29/07/2024 às 17:40
O jornalista e escritor Wilson Nogueira é o patrono da 6ª Feira do Livro Comunitário, que acontecerá em Parintins, no Amazonas, de 1º a 3 de agosto, no Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro.
Simultaneamente, ocorrerá o 2º Simpósio do Acervo de Toadas do Boi-Bumbá de Parintins.
Os eventos são organizados pelas professoras da Universidade do Amazonas (UEA) Gleidys Maia e Maria Celeste Cardoso, com recursos de instituições públicas e privadas.
A programação está composta por palestras, oficinas literárias, exposições artísticas e lançamentos de livros.
Nogueira, autor da editora Valer, ministrará uma oficina de criação literária, no dia 2, no simpósio, por meio da qual mostrará os primeiros passos da literatura ficcional, a partir das suas experiências na atividade de escritor.
Conforme o autor, o ponto de partida da oficina é esclarecer que escrever não é algo que só os gênios alcançam.
“Escrever é o resultado da leitura de mundos colocado no papel”.
Dizendo-se honrado com a homenagem, Nogueira afirmou que é sempre importante contribuir com o debate e estímulo à literatura produzida na Amazônia.
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Perfil de Wilson Nogueira
Nogueira, parintinense da Baixa da Xanda, é autor de oito livros publicados, entre eles:
• O Andaluz (terceira edição),
• Órfãos das águas (sétima edição),
• Formosa: a sementinha voadora,
• Festas amazônicas: boi-bumbá, ciranda e sairé,
• Boi-Bumbá: imaginário e espetáculo na Amazônia.
Em setembro deste ano, por ocasião da inauguração da Valer Teatro Livraria (praça São Sebastião, no centro de Manaus), Nogueira lançará o livro “Do outro lado do sol: um massacre no rio Andirá”, narrativa inspirada no assassinato de cinco crianças e sua mãe grávida de nove meses.
Sobre esse livro, Nogueira diz que se trata de uma tragédia com expressiva repercussão entre os colonos japoneses amazônicos e brasileiros, no final da década de 1950.
O pano de fundo do texto é uma panorâmica da história das famílias de colonos, suas relações com as populações ribeirinhas e com as autoridades brasileiras durante e no pós-Segunda Guerra Mundial (1940-1945).
O autor explora, nesse sentido, o imaginário de desconfianças que se precipitou sobre esses imigrantes a partir do momento em que o império japonês decidiu apoiar o bloco Eixo, liderado pela Alemanha, em oposição aos países liderados pelos Estados Unidos.
Foto: divulgação