Odebrecht acelera delação de mais de 100 políticos do “escritório da propina”

Publicado em: 06/11/2016 às 14:16 | Atualizado em: 29/12/2016 às 21:06
Uma megaestrutura da propina foi o que montou a empreiteira Odebrecht, de norte a sul do Brasil, com tentáculos a países da América Latina e África. Detalhe importante: a adiantada investigação da operação Lava Jato vai revelar que a atuação criminosa é desde a década de 80.
Esse esquema de corrupção e propina já está todo desnudado pelo Ministério Público Federal (MPF). Os valores são galácticos. Fazem parte da rede criminosa políticos, partidos e agentes públicos.
As negociações se arrastam há meses para viabilizar a delação da Odebrecht que vai revelar quem é quem no “escritório da propina” que era comandado pelo herdeiro da família, Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empresa que resistiu o que pôde para não dedurar o esquema.
Das informações que já vazaram, por enquanto, há mais de 100 políticos envolvidos nos crimes praticados pela Odebrecht, incluindo ex-parlamentares.
Sob a coordenação de Marcelo, empregados da construtora eram os que recebiam dos chefes a propina em dinheiro vivo para repassar a políticos e partidos, também.
A Odebrecht aceitou a delação depois que foi encurralada pela operação Lava Jato. Sua dívida cresceu e foi forçada a demitir nada mais, nada menos do que 50 mil funcionários.
O acordo de delação vai ser assinado ainda neste mês. A ideia é que até 20 de dezembro o Ministério Público já esteja recebendo a homologação do acordo das mãos do ministro que coordena a operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki.
Leia no Estadão a reportagem completa sobre o tema.
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