MP pede apuração de gastos do PL na ação contra urnas
Para o partido, cinco dos seis modelos das urnas usados na votação não são "auditáveis", o que especialistas negam

Diamantino Junior
Publicado em: 24/11/2022 às 12:30 | Atualizado em: 25/11/2022 às 11:27
O MPTCU (Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União) entrou com uma representação para que a Corte de Contas apure quanto o partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL, gastou na ação golpista fracassada para questionar o resultado das urnas no 2º turno presidencial.
A ação proposta pelo subprocurador Lucas Rocha Furtado questiona qual o tamanho do prejuízo causado à União pela ação, julgada pelo presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, como de má-fé.
Em ofensiva golpista, o PL entrou com uma ação no TSE para anular os votos de quase 60% das urnas no segundo turno das eleições, para dar vitória a Bolsonaro, que foi derrotado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Para o partido, cinco dos seis modelos das urnas usados na votação não são “auditáveis”, o que especialistas negam.
Se considerado apenas o resultado dessas urnas, Bolsonaro teria 51% dos votos válidos, contra 48,9% de Lula.
O PL porém, não quis estender o pedido ao primeiro turno, quando elegeu uma bancada de 99 deputados e oito senadores, com a justificativa de evitar “tumulto”.
Na quarta-feira (24/11), o ministro Alexandre de Moraes rejeitou a ação, e multou o partido em R$ 22,9 milhões. Ele também suspendeu o fundo partidário das siglas que integram a coligação de Bolsonaro até o pagamento da multa. Além do PL, Republicanos e PP também fazem parte do grupo.
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Foto: Agência Brasil