Chegou à Justiça Federal em Brasília uma ação pedindo que seja declarada “inexistência de notável saber jurídico e reputação ilibada” do desembargador Kássio Marques.
Ele foi indicado por Jair Bolsonaro para o Supremo.
O pedido se baseia nas revelações da Crusoé de que Marques plagiou trechos de sua dissertação de mestrado, defendida na Universidade Autônoma de Lisboa, em Portugal.
Os autores da petição também dizem que o pós-doutorado do desembargador na Universidade de Messina, na Itália, é “uma invencionice”, já que foi “apenas um ciclo de seminários”.
Marques será sabatinado pelo Senado nesta quarta-feira (21).
A petição é assinada pelo advogado Rafael Fernandes Carreira Costa, que representa Antonio Vagner Pimentel, que se apresenta como autônomo; o oficial da reserva da Marinha Martem Sarmento Garcia; e o empresário Thomas Raymund Korontai.
De acordo com o pedido, “uma pessoa notável é aquela cuja obra o possibilitou ter fama e renome pela excepcional performance em alguma coisa ou feito”.
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Mas, “até poucos dias atrás, nunca se ouviu falar no desembargador Marques, ele não tem renome na academia jurídica brasileira, e as obras que tem em seu nome tiveram partes plagiadas, como alhures, já foi descrito nos fatos. Não existe um notável saber jurídico”, dizem.
Os autores também dizem que o Senado define como alguém de “reputação ilibada” uma pessoa que tenha “reconhecida idoneidade moral”.
E, para os peticionários, “uma pessoa que comete plágio em trabalho acadêmico, para obter aprovação em dissertação de mestrado e inventa um pós-doutorado, não tem idoneidade moral ou integridade, é sem sombra de dúvida uma mancha”.
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Foto: Reprodução/redes sociais