Advocacia de Bolsonaro pede que STF libere uso do Telegram
Bolsonaro classificou o bloqueio do Telegram de "inadmissível", podendo gerar óbitos

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 19/03/2022 às 10:23 | Atualizado em: 19/03/2022 às 10:29
A Advocacia Geral da União (AGU), por meio do advogado Brno Bianco Leal, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que libere o uso do Telegram.
O pedido veio por conta do bloqueio do aplicativo, que o foi uma determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Conforme o Uol, a medida cautelar impetrada pela AGU trata-se de um pedido liminar que busca antecipar os efeitos da decisão antes de um julgamento pelo pleno do Tribunal.
Dessa forma, a intenção é evitar que o aplicativo fique inativo no Brasil.
A princípio, Moraes ordenou ontem a suspensão do Telegram em todo o Brasil sob o argumento de que a plataforma tem ignorado ordens do Supremo desde o ano passado.
Por exemplo, especialmente em relação aos perfis de Allan dos Santos, dono do canal Terça Livre e foragido nos Estados Unidos.
De acordo com o ministro, o aplicativo tem demonstrado “total desprezo à Justiça brasileira”.
Como resultado, a decisão do ministro atinge diretamente o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Além de seus apoiadores. Ou seja, candidato à reeleição, o chefe do Executivo tem um canal com 1.086 milhão de seguidores no aplicativo.
Nesse sentido, é visto como a boia de salvação dos militantes bolsonaristas, enquadrados por Twitter, Facebook e Instagram.
Por outro lado, durante participação em evento em Rio Branco (AC), ontem (18), Bolsonaro classificou o bloqueio do Telegram de “inadmissível”.
Ele disse que a decisão de Moraes poderia causar até óbitos no Brasil:
“Ele atinge 70 milhões de pessoas, podendo, inclusive, causar óbitos no Brasil, a partir do banimento, por falta de um contato”.
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Foto: Reprodução/Telegram