Aécio e outros parlamentares são alvos de operação por notas frias

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 11/12/2018 às 11:39 | Atualizado em: 11/12/2018 às 12:17
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) realizam nesta terça, dia 11, a operação Ross para cumprir 24 mandados de busca e apreensão, assim como 48 intimações para oitivas no Distrito Federal, em São Paulo, Minas Gerais, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e na Bahia, além de Mato Grosso do Sul, do Tocantins e Amapá.
A operação se baseia em informações de empresários, que teriam relatado a promotores a emissão de notas fiscais frias.
Há denúncias, que estão sob investigação, sobre a suposta compra de apoio político, principalmente para a campanha presidencial de 2014, quando o atual senador Aécio Neves (PSDB-MG) disputou a eleição com a petista Dilma Rousseff.
Empresários, como a J&F/JBS dos irmãos Batista, teriam ajudado com doações de campanha e caixa 2, por meio de notas frias.
Além de Aécio, são alvos da operação a irmã dele, Andrea Neves, e o primo Frederico Pacheco de Medeiros.
Também estão na mira os senadores Antônio Anastasia (PSDB-MG) e José Agripino Maia (DEM-RN).
A operação Ross investiga também os deputados Paulinho da Força (Solidariedade-SP), Benito Gama (PTB-BA) e Cristiane Brasil (PTB-RJ).
Os parlamentares são suspeitos de receber vantagens indevidas no período de 2014 a 2017. Os valores investigados, que teriam sido utilizados também para a obtenção de apoio político, ultrapassam R$ 100 milhões.
Essa operação é um desdobramento da Patmos, deflagrada pela Polícia Federal em maio de 2017.
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Os mandados de busca e apreensão são cumpridos em apartamentos de Aécio Neves e sua irmã, Andrea, no Rio de Janeiro, assim como no de Cristiane Brasil, também na capital fluminense.
Em São Paulo, o imóvel de Paulinho da Força está na mira, assim como os apartamentos de Aécio e Anastasia em Belo Horizonte.
Os mandados foram expedidos também para imóveis de Agripino Maia e Benito Gama, em Natal e Salvador.
A autorização foi dada com base no inquérito 4.519, relatado pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Fonte: Agência Brasil
Foto: Reprodução/Agência Brasil