Neuton Corrêa, da Redação
O governador Wilson Lima (PSC) deixa cada vez mais claro que a agricultura é uma das prioridades de sua gestão.
As últimas demonstrações nesse sentido ocorreram nesta quinta-feira, dia 3, quando, pela manhã, lançou a 41a Feira Agropecuária do Amazonas (Expoagro), na geladeira há seis anos, e voltou ao local do evento, à tarde, para se encontrar com produtores rurais.
No domingo, ele já havia participado de uma cavalgada que marcava a chegada dos produtores rurais ao evento.
Em campo simbólico, Wilson Lima já havia, em maio, dado a mesma demonstração ao anunciar verba para também descongelar o maior evento da pecuária do médio Amazonas, a Exposição Agropecuária de Parintins (Expopin ), evento que não se realizava há muito tempo.
A Expopin foi a ostentação do boi de pano da cidade que ganhou fama com os seus dois bois de pano, Garantido e Caprichoso.
Nos idos das grandes festas da pecuária da cidade, o município tinha importante participação de produção de carne e leite da região, com um plantel de quase 200 mil cabeças da gado, hoje reduzido a pouco mais de 50 mil.
Não menos simbólico, foi o deslocamento do vice-governador Carlos Almeida (PRTB), no mês passado, à Feira Agropecuária de Apuí, hoje, um dos principais produtores rurais do Amazonas.
Na ocasião, Carlos Almeida se fez acompanhar de caudalosa comitiva de deputados que passaram o fim de semana ali no Sul do Estado.
Aos poucos, Wilson demonstra que não vai esperar o pior acontecer com a Zona Franca de Manaus para descentralizar o desenvolvimento econômico do Amazonas.
Há verba para começar isso.
Este ano, graças ao projeto do hoje deputado federal Sidney Leite (PSD) alterando a destinação de verbas orçamentárias do Estado para o setor primário, o governador tem à sua disposição R$ 330 milhões para movimentar o setor.
O valor é quase 260% maior do que foi orçado para a agricultura no ano passado, quando o estado dotou uma verba de pouco mais de R$ 85milhões.
A agricultura emprega muito mais do que a indústria, principalmente a da ZFM acusada de custar caro ao país e gerar poucos postos de trabalho.
O terceiro ciclo e a zona franca (verde) que serviram muito mais para arranjos publicitários do que, efetivamente, para contribuir com o Amazonas como alternativas de desenvolvimento, confrontam-se agora com disposição política para fazer acontecer o que já deveria ser uma realidade.
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