Sem mandato, Alfredo impõe condições para apoiar Previdência

Integrante da cúpula nacional do PR que se reuniu, nesta terça-feira, dia 9, com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), no Palácio do Planalto, o ex-deputado federal Alfredo Nascimento, presidente de honra da legenda, foi um dos que disseram ao governo que os parlamentares da sigla têm imposições a fazer para apoiar a reforma da Previdência.

O sim ao partido ao texto está condicionado ao recuo do governo quanto à aposentadoria dos professores, dos trabalhadores rurais e se houver elevação do valor do Benefício de Prestação Continuada, que atende a idosos carentes que não contribuem com a Previdência.

Na narrativa da reunião feita pelo próprio partido, Alfredo Nascimento ressaltou que o PR reconhece a necessidade da reforma, mas diz que a conta não pode ser paga pelos mais pobres.

Alfredo também disse ao presidente Bolsonaro, segundo texto que distribuiu à mídia, que não faz parte da base do governo e por isso tem independência para votar livremente.

“Não posso dizer, como presidente da legenda, como o partido vai votar. Vamos conversar e tirar a melhor reforma para a Previdência, que certamente é a melhor proposta para o país”, completou Alfredo Nascimento (na foto, à esquerda, no canto da poltrona).

O PR tem uma bancada de 39 deputados, a terceira maior da Câmara, e será decisivo na votação da reforma. “A proposta de reforma da previdência precisa de alguns ajustes importantes para que tenhamos uma Previdência sustentável e socialmente justa”, disse Alfredo. “Vamos votar no que for melhor para o País”, garantiu.

O ex-deputado federal pelo Amazonas aproveitou ainda o encontro para cobrar do presidente Bolsonaro a preservação do polo de concentrados da Zona Franca de Manaus, agilidade na aprovação dos Processos Produtivos Básicos (PPBs), o asfaltamento da BR 319 e a reforma e reabertura dos portos do interior do estado que estão com operação suspensa.

Foto: Divulgação/Assessoria