O Governo do Amazonas suspendeu cirurgias eletivas (agendadas) e a operação Gratidão em função da escassez do ‘kit intubação’. O “kit intubação” é composto por bloqueadores neuromusculares e sedativos.
Outro motivo é o cenário epidemiológico da pandemia de coronavírus (covid-19) no Brasil.
Conforme o secretário de Saúde (SES-AM), Marcellus Campelo, o Ministério da Saúde está absorvendo toda a produção desses medicamentos. E em seguida distribuirá entre os estados em situação mais grave.</p>
Por causa dessa medida do governo federal, o hospital Delphina Aziz, referência para a covid no Amazonas, com 180 leitos, não consegue comprar o “kit intubação” dos fornecedores.
Hoje é a Cema (Central de Medicamentos do Amazonas) que garante o abastecimento dos insumos ao hospital. Contudo, seu estoque só dá para mais um mês.
Como resultado, a SES anunciou que estão suspensas as cirurgias eletivas (agendadas) e a operação Gratidão, de ajuda a outros estados.
Estão mantidas, diz a SES, apenas as cirurgias de urgência e emergência e as de risco aos pacientes, como cardíacas e oncológicas.
Operação Gratidão
Pela operação Gratidão, o Amazonas atendeu, em 15 dias, 48 pacientes de Rondônia e do Acre.
Além disso, doou 120 concentradores de ar, 200 cilindros de oxigênio, 60 bombas de infusão, 18,5 mil unidades de medicamentos, dez monitores e 10 ventiladores. Também fez 700 exames RT-PCR dos estados vizinhos em seu laboratório central.
De acordo com Campelo, as medidas são temporárias. “Vamos suspender as cirurgias eletivas na rede estadual e recomendar que a rede privada avalie também a possibilidade”.
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Foto: Diego Peres / Secom