“O Amazonas é meu coração, mas não me convidaram”

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Publicado em: 07/11/2018 às 05:00 | Atualizado em: 07/11/2018 às 07:56

Por Neuton Corrêa, da Redação

 

Cobrado nas redes sociais por amigos e professores por ter aceitado o convite do governador eleito de São Paulo, João Dória (PSDB), para assumir a Secretaria de Educação paulista e não ter voltado para o Amazonas, o ministro da Educação, Rossieli Soares, deu uma explicação ao BNC Amazonas, em tom de lamento.

“O Amazonas é meu coração. Foi o Amazonas que abriu as portas para mim na educação, mas não foi desta vez que me convidaram [para a secretaria estadual, a Seduc]”, disse ele, em breve contato com o site logo após ter sido anunciado por Dória, na manhã desta terça, dia 6.

No ano passado, Rossieli estava cotado para voltar para a Seduc, pasta da qual foi titular na gestão Omar Aziz (PSD), de 2011 a 2014.

 

Participação na campanha local

Ressaltou até que chegou a colaborar com a campanha vitoriosa de Wilson. “Fiz propostas, algumas contribuições, mas não fui convidado. Então, não troquei o Amazonas por São Paulo. Só não fui convidado”.

O futuro secretário do governo paulista disse que chegou a pedir voto para o candidato sociocristão.

Pelo que deixou transparecer no contato com o BNC, Rossieli mostrou que tinha interesse em voltar ao comando da Seduc no Amazonas.

 

Prestígio nacional não aproveitado

Neste ano voltou a ter o nome fortemente cogitado para compor o governo eleito de Wilson Lima (PSC) por causa do currículo ascendente meteórico que adquiriu no setor nos últimos anos.

Também era esperada sua vinda para o Governo do Amazonas com a força política nacional que conquistou depois de comandar a Secretaria Nacional de Educação Básica do ministério (MEC) e ser alçado a ministro da pasta pelo presidente da República, Michel Temer (MDB), em abril deste ano.

São Paulo não foi o único estado que flertou com o ministro para tê-lo como secretário.

Ronaldo Caiado (DEM), governador eleito de Goiás, também ofereceu o cargo com carta branca para montar a equipe na secretaria. Rossieli disse que preferiu esperar o resultado do segundo turno das eleições.

Além disso, Rossieli também havia sido convidado para fazer parte da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), com sede na Espanha. Ele, contudo, já avaliava permanecer no Brasil quando recebeu o convite de Dória, e topou.

 

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São Paulo, novo desafio

“Aceitei o convite de São Paulo, do governador João Dória, porque me senti desafiado. São Paulo puxa a tendência no país, é o maior poder financeiro do Brasil e isso tem que se refletir na educação, o que será meu desafio”, afirmou.

Rossieli estará no Amazonas na próxima sexta-feira, dia 9. Terá um encontro com quatro embaixadores de países africanos e, no município amazonense de Tabatinga, cumpre agenda com o presidente da Colômbia, Iván Duque Márquez, e com a ministra de Educação colombiana, María Victoria Angulo.

 

Foto: Reprodução/Facebook