Amazonas discute volta às aulas após onda mais letal da covid-19

A volta às aulas está condicionada às orientações das autoridades de saúde, diretamente ligadas ao combate da pandemia

13/04/2021 20:32

Da Redação do BNC AMAZONAS

O governo do Amazonas começou a discutir hoje a volta às aulas dos alunos da rede pública às escolas.

Será o retorno após a segunda onda da covid-19, que, só este ano, matou 7.009 pessoas, contra 5.285 de todo o 2020 de pandemia.

A reunião foi puxada pela Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc-AM).

Das discussões participaram representantes dos sindicatos dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) e dos Professores e Pedagogos das Escolas Públicas do Ensino Básico de Manaus (Assprom-Sindical).

Além das entidades, técnicos da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), da Comissão Estadual de Educação da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) e do Ministério Público Estadual (MPE) também foram chamados a participar da reunião.

Indefinição

No entanto, o retorno das atividades escolares ainda não tem data definida.

A volta às aulas está condicionado às orientações das autoridades de saúde, diretamente ligadas ao combate da pandemia da Covid-19 no Amazonas, disse o secretário de Educação do Amazonas, Luis Fabian Barbosa (foto destacada).

“É uma orientação da Secretaria de Saúde e da FVS-AM e, até o presente momento. Não há qualquer perspectiva para o retorno das atividades presenciais. Mas, estamos trabalhando desde o início do ano para que, quando essa data for definida, estejamos preparados”, pontuou Luis Fabian.

Assim como ocorreu no ano passado, após a primeira onda, Luis Fabian disse que a Seduc está trabalhando em conjunto com os órgãos de saúde no monitoramento dos casos da doença, para qualquer decisão relacionada ao assunto.

Tão logo haja possibilidade e autorização, a data será comunicada.

A reunião contou teve a presença da presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues, e da presidente da Assprom-sindical, Helma Sampaio.

Ambas levaram para a pauta a vacinação dos profissionais da educação, que começaram a ser imunizados no estudo CovacManaus, desde março.

Com relação à vacinação dos professores e servidores do setor, o secretário destacou o esforço do governador Wilson Lima a respeito da possível inclusão desses profissionais nos grupos prioritários do Plano Nacional de Imunização (PNI).

“Atualmente, estamos com mais de 38% dos nossos professores já no grupo de prioridades para vacinação, que podem se imunizar ou por terem mais de 60 anos, algum tipo de comorbidades ou terem feito parte do estudo CovacManaus”, disse Luis Fabian.

Articulação

Ainda sobre a vacinação em massa dos profissionais, no último dia 30/03, o governador Wilson Lima, juntamente com os oito governadores que fazem parte do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, assinou carta endereçada ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, solicitando a revisão do Plano Nacional de Imunização (PNI) e inclusão dos profissionais da Educação como grupo prioritário no PNI.

Contudo, o Governo do Estado segue em articulação com o Ministério da Saúde (MS) para tratar sobre os grupos prioritários.

Em reunião com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, que contou com a participação de outros governantes do Brasil, o governador Wilson Lima também solicitou que incluísse os profissionais da Educação como grupo prioritário do Plano Nacional de Imunização.

Fiscalização e controle

A promotora Delisa Ferreira, do MP-AM, destacou que caso haja condições, confirmadas pelas autoridades de Saúde, cabe ao MP-AM garantir o retorno, assim como ocorreu no ano passado.

“Temos que pensar na situação desses jovens e as consequências que a suspensão das aulas está trazendo para os estudantes. De acordo com dados da FVS-AM, o retorno às aulas no ano passado não desencadeou o aumento do número de casos da Covid-19 no Amazonas”, lembrou Delisa Ferreira.

Presidente da Comissão Estadual de Educação na ALE-AM, a deputada estadual Therezinha Ruiz (PSDB) ressaltou a importância de garantir o cumprimento dos protocolos para que as escolas sejam reabertas.

“Temos nos preocupado com a situação de vulnerabilidade dos nossos jovens nesse cenário. Por isso, precisamos, juntos, traçar estratégias para que as escolas estejam preparadas”, afirmou.

Foto: Divulgação/Seduc-AM

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