Amazonas e Coreia do Sul criam rede de proteção ambiental

O vice-governador do Amazonas, Tadeu de Souza, anunciou nesta quinta-feira (23) a criação da Rede de Proteção e Conservação da Biodiversidade por meio de Tecnologias para aperfeiçoar o combate ao desmatamento e queimadas e o monitoramento da qualidade do ar nos 62 municípios do estado.

Assim, a rede é fruto do termo de cooperação entre o Governo do Amazonas e a Coreia do Sul, por sua embaixada.

Com apoio das empresas sul-coreanas Samsung e LG, do polo industrial da ZFM (Zona Franca de Manaus), a embaixada investiu US$ 500 mil, o equivalente a R$ 2,4 milhões, na implantação da nova rede.

Às autoridades e empresários sul-coreanos presentes, Souza falou da importância do trabalho colaborativo, envolvendo os setores público e privado, no atual momento de emergência climática enfrentado pelo Amazonas.

De acordo com o vice-governador, a rede será fundamental para as ações governamentais na enchente e vazante dos rios em 2024.

Sabemos que esse processo de extremos climáticos vai se intensificar e essa iniciativa do estado do Amazonas com a embaixada da Coreia é importante para que a gente se prepare para essa janela de imprevisibilidade que está vindo por aí.

O embaixador da Coreia do Sul no Brasil, Ki-mo Lee, disse que os recursos financeiros investidos irão financiar a aquisição de ferramentas tecnológicas de monitoramento de grande parte da região amazônica brasileira.

Segundo ele, além do Amazonas, a embaixada sul-coreana também fez doações similares para os estados de Roraima e Pará.

A Amazônia é um patrimônio precioso do Brasil que tem sido o berço de gerações de pessoas, um tesouro de diversidade biológica e a base da solução para enfrentarmos as mudanças climáticas globais. Espero que as ferramentas digitais entregues contribuam para os esforços para preservar a beleza da Amazônia e para o benefício da população local.

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Atuação da rede

De acordo com Souza, a rede vai operar a partir de três eixos: qualidade do ar, fortalecimento interinstitucional e proteção da biodiversidade.

Dessa forma, o planejamento prioriza, entre outras medidas, a implantação da primeira rede de qualidade do ar no estado, realizando o monitoramento da poluição atmosférica em 100% do território amazonense.

É muito importante para o povo amazonense, é importante para o estado. A gente que vive, agora, muito impactado com esse ambiente extremo, principalmente durante a estiagem, e a exigência que se faz para que o Amazonas tenha todo um sistema de proteção e monitoramento em relação à qualidade do ar e em relação ao monitoramento de sua biodiversidade, disse Souza.

Monitoramento modernizado

Além disso, o segundo eixo da rede pretende fortalecer as instituições e estruturas de monitoramento ambiental em Manaus e no interior.

Equipamentos como videowall, smartphones, notebooks e impressoras irão reestruturar a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e os centros multifuncionais nos municípios de Apuí, Humaitá e Boca do Acre, no sul do Amazonas.

Foto: Ricardo Machado/Secom