Pesquisa feita pelo PoderData entre os dias 21 e 23 de agosto, encomendada pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS), revela que oito de cada dez brasileiros (80%) consideram que a Amazônia deve ser prioridade para os candidatos a presidente nas eleições do próximo ano.
Divulgada às vésperas do Dia da Amazônia, o estudo indica ainda que para 58% dos brasileiros, um candidato a presidente aumentarias suas chances caso elabore um plano específico para a região .
O levantamento revela também que 79% dos brasileiros veem como muito importante a proteção da floresta e 71% fazem uma avaliação negativa do governo de Jair Bolsonaro em relação à região.
Para eles, o presidente não está trabalhando para proteger a Amazônia. Nesse mesmo sentido, 87% dos brasileiros acreditam que o Congresso Nacional também não faz o seu trabalho.
“Diversas pesquisas já comprovaram que o brasileiro se preocupa com a Amazônia e quer vê-la protegida, mas esta é a primeira vez que essa preocupação aparece como fator de influência na decisão de voto. E isso coloca o Brasil no roteiro global de países onde o clima é tema forte nas eleições”, afirmou Ana Toni, diretora-executiva do iCS.
De acordo com a diretora, três anos de níveis recordes de desmatamento e queimadas evidenciaram a relação direta que existe entre a destruição da Amazônia e a atual política governamental.
“Os resultados confirmam que a atuação de Bolsonaro é contrária à opinião pública da maioria dos eleitores”, afirmou.
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Identidade nacional
Ao site EcoDebate, Ana Toni diz que é consenso entre os brasileiros (83%) que a Amazônia faz parte da identidade nacional do Brasil.
“Isso demonstra que quase a totalidade da população entende que na conformação de um imaginário de identidade nacional do Brasil, está compreendida a Amazônia como elemento constitutivo dessa identidade”, avaliou
A diretora conclui que a Amazônia faz parte da identidade nacional, “cuidar dela é também cuidar da nossa identidade como nação.”
Ao todo, foram ouvidas 2.500 pessoas em 449 municípios em todos estados. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O intervalo de confiança é de 95%.
Foto: Greenpeace/divulgação